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Diário das Sessões do Congresso

-aos sintomas que só iam desenliando e, -afinal, a conspiração surgiu, e de tal forma, que os homens do Governo que na véspera ainda só sorriam confiados de que nada havia, se tiveram de render à triste idealidade.

Todos nós devemos ser' um pouco psi* cólogos para não desprezar o conjunto de sintomas que nos levam à imediata convicção do que em Portugal se trama con-, tua" a existência da própria nacionalidade.

Os tribunais militares, absolvendo todos os dias gente retintamente monárquica, •concorrem para que o exército se vá de mmfenehendo com perniciosos elementos, -a quem o Estado paga e fornece armas, para porventura amanha assassinarem a própria República. «

Das prisões e dos hospitais fogem cons-•tantemelite presos categorizados, precisamente no momento em que os sintomas de. rebelião se apresentam aos nossos olhos. Chega-se ao descaramento dos monárquicos atirarem sobre nós manifestos subversivos, em pleno Parlamento!

Sr. António Maria Baptista: defenda a República, porque está lavrando uma grande conspiração!

Nós ficamos amanhã com o remorso de v não o ter prevenido.

Sr. Presidente: há um conjunto de sin- j tomas a atestar a j nsta anciedade em que •está vivendo a alma republicana.

; Quem sabe, Sr. Presidente, se nas reivindicações justas do funcionalisjno, alguém não estará na sombra: a acirrar os .ânimos com fins inconfessáveis!

O Sr. Domingos Pereira: — Está sim, ^senhor. E o Governo sabe isso. .

O Orador:—Há uma campanha contra ;a República' contra a Pátria. É Couceiro ilá fora, são Couceiros cá dentro.

j O ST. Presidente da República ó considerado neste papel como o maior crimi-.noso da República!

& j E é isto um caso insignificante?!'

Sr. Presidente do Ministério! Olhe •~V. Ex.^para p perigo. O perigo é gravei

Faça-sè duma vez para sempre o saneamento do funcionalismo civil e o do íuncionalismo militar. v-*

Vozes:—Muito bem.

O Sr. António Maria da Silva: — Sr. Presidente: o acto.a que se referiu o Sr. Júlio Martins, de facto é para merecer a atenção dos poderes públicos, de facto -ó digno de especial repressão.

Mas, Sr. Presidente, o facto ó -que já está assonte,a doutrina, que jamais deixou de ser acatada, de que na reunião do Congresso, só devem ser tratados aqueles as1 suntos para que ele tenha sido convocado.

Não vejo que haja motivo para que não prossigamos no acatamento dessa doutrina, tanto mais que S. Ex.a, o Sr. Júlio Martins, falando sobre o modo de votar, já disse tudo quanto porventura seria necessário exprimir neste momento, para que o Governo, fixando-se nestes sintomas, tenha aquela conduta que todos nós esperamos da parte dele, a fini de energicamente serem defendidas a Pátria e a Republica.

O Sr. Presidente: — Os Srs. Congressistas que entendem que devo conceder a palavra ao Sr. Júlio Martins, queiram lê-' vaníar-se. .

Vozes: — Já está o assunto liquidado.

O Sr. Júlio Martins:--—Desisto da palavra.

O Sr. Presidente:—Tem a palavrão. Sr. Nuno Simões.

O Sr. Nuno Simões: —Von ser breve, por que a hora já vai adiantada e o momento que ó de acção exige poucas palavras e factos concretos.

A modesta situação que, aqui, ocupo e a,s praxes parlamentares, fizeram com que não me intrometesse no debate potítico, a propósito dá apresentação do Ministério. '