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prir o pequeno esboço que -dele' fez; isto é, restabelecer a ordem e melhorar em qualquer cousa a carestia da vida. Tenho dito. . .

O Sr. Preslftente: —- O Sr. Júlio Martins, pediu a palavra para um negócio urgente ; creio que o- pedido è contra as praxes parlamentares, no entretanto vou consultar o Congresso-para saber, se S. Ex.a pode ou não usar da palavra, Õ negócio urgente que S. Ex.a deseja tratar refere-se ao -caso que se acabou de passar nesta Câmara.

O Sr. António Granjot'—Sr. Presidente: o caso que se acaba de passar não merece a consideração necessária para nos ocuparmos especialmente dele.

Vozes:—Não apoiado. -Apoiado.

O Orador: —O caso tem apenas de ser entregue à acção de V. Ex.a eomo Presidente, do Congresso e l polícia- em geral, pois que por este manifesto s'e vê que foi impresso numa certa tipografia e vem assinado por uma junta provincial que é monárquica, que deve ser chamada á polícia e presa. Assim acaba-se a iistória, e nós podemos continuar serena é tranquilamente na „ solução, do caso .que se trata, e não perdermos mais tempo com cousas fúteis.

Tenho dito.

Vozes: —Não apoiado, não apoiado.

O Sr. Manuel José dá Silva (Oliveira de Azeméis): — Sr- Presidente: as palavras proferidas pelo Sr. António Granjo podiam ser esperadas -de qualquer outro congressista, mas menos de S. Ex.a

Há dias o Sr.'António Granjo fora de todas as indicações do Eegimento veio pedir à Câmara dos Deputados que lhe autorizasse, em sessão prorrogada, a tratar dum assunto que S. Ex.a reconhecia que era urgente e que a Câmara também reconheceu. . .

A Câmara sabia que se tratava de afirmações feitas num jornal que tinha .um director, sabia que se tratava • de'manifestações anti-patrióticas subscritas por um Homem que é alguêm-neste País e com conhecimento de que ele podia,-ser chá- "

mado à responsabilidade. Pois é agora S^ Ex.a quem quere privar o leadw do meu Grupo de tratar da questão .que a Câmara entende que è urgente.

Para terminar, Sr. Presidente, eu digo-a V. Ex.a que prossiga na consulta que-ia^íazer a Câmara.

Tenho dito: \

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O Sr, Álvaro de Castro: —- Sr. Presidente: eu creio que é já assunto resolvido pelo Congresso, que nas suas reuniões não se pode tratar doutras questões que não sejam aquelas para que foi convocado. Esta é que é a boa doutrina e creio qoe ela já foi aqui discutida, tendo sido resolvido que apenas seriam ^iscatidos os assuntos para que o Congresso fosse 'convocado, além de que tratar em.negócio urgente do acontecimento, desviando a .atenção do assunto para que o Congresso foi convoca-' do, é realmente dar foros de importância, ao facto,

Mais importância, sem dúvida, teve o arremesso de uma bomba de dinamite na Câmara Pj-ancesa, quando a sessão dos Deputados estava funcionando, e o Presidente limitou-se apenas a dizer que os ira-: b alhos parlamentares continuavam, sem sequer ninguém ter levantado a discussão a propósito de tam abominável acto.

O acontecimento que hoje aqui se deu reveste certa gravidade, mas para nós tem uma importância mínima, porque pertence à esfera da polícia e depois aos tribunais. ;

O Sr. Júlio Martins (sobre o modo de votar):—Sr. Presidente: o que é de estranhar é que, não tendo nenhum dos meus ilustres colegas querido ligar importância ao acto, sobre o modo de votar tratassem inteiramente da questão.

O caso ó grave, e muito grave, porque vamos dar amplas atribuições ao Governo, enquanto o Parlamento estiver fechado. "È indispensável que nós todos, aqui,, hoje, numa comunhão de ideas republicanas, diamemos a-atenção do Governo para os sintomas alarmantes de uma grande conspiração contra a Eepública.' (Apoiados). ..'.-:*"