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Tem-se usado dela depois, mas tem-se usado mal, Ilegal e abusivamente.

é Não, podendo o Governo fazer uso dessa autorização e não podendo, sem. o" Parlamento, converter em leis as suas propostas para resolução da crise financeira e •económica, em que situação é que fica?

Sussurr.0 nas galerias, donde são lançados manifestos. ,

Vozes: —j<_:Então p='p' que='que' de='de' isto='isto' toiros='toiros' ordem='ordem' aqui='aqui' é='é' nenhuma.praça='nenhuma.praça' são='são'>

O Orador: — Temos, Sr. Presidente, de "votar o Tratado da Paz, E então eu pre-gunto ao Congresso se ó licito . . *

Sussurro nas galerias.

Vozes:—j Is to não pode ser! Ordem^ Sr, Presidente!

.0 Orador:—Br. .Presidente: este incidente não deve de maneira alguma alterar a serenidade com que estamos discutindo. (Muitos apoiados).

Sr. Presidente: ia eu dizendo a V. Ex.a e ao Congresso que as questões internas que estão pendentes só se podem e devem resolver com o Parlamento. Mas temos também o Tratado da Paz. E eu pregunto á V. Ex.a e ao Congresso se é lícito que, depois de meses e meses sem ele vir à sanção do Congresso, -nós vamos ainda adiá-la mais uma vez.

Dir-se-iar que o diploma que custou -tanto sangue e tantas, vítimas nos desinteressa a todos nós, como se -a alguém se pudesse .3ar a impressão de que abandonámos as questões .internacionais pelas, quais nos batemos.

Isso seria "ferir os sentimentos mais profundos e delicados da nossa alma de patriotas.

Í^Como é que nestas circunstâncias o Governo se imagina capaz de resolver todas as graves questões pendentes, eficazmente, sem o Parlamento ?!

g Como é que para se desprender de todas .as dificuldades que tem em volta de si não vê 'que precisa da força do Parlamento e de estar intimamente identificado com ele?

^Porque é que não Mo-de cooperar entre si o Poder Legislativo e o JPoiter Executivo?

Diário das Sessões do Congresso

j

£ Por ventara suspeita o Governo que dentro do Parlamento haja- agitadores ?

Eu compreendia o adiamento, se houvesse realmente dentro do Parlamento inimigos dás instituições capazes de perturbar a solução dos "graves problemas desce momento. "

«j Por ventura o Governo, vindo pedir o adiamento, tem ojialgiier intuito militarista?

Eu faço jastiça aos homens que se sentam naquelas cadeiras,"tanto- mais que este Governo é presidido par quem nua-ca pode ser militarista, porque combateu denodadamente, exemplarmente, o militarismo não só interno, m«s externo.

O que é preciso é restabelecer sea normalidade constitucional^ é indispensável que se normalize a acção dos poderes pú* blicos, e essa normalização tem de se fazer em união estreita e indissolúvel entre o Poder Executivo e o Legislativo. •

Só isso há-de dar ao Governo a força disciplinadora de que carece.

Olhando para o Governo que se senta naquelas. cadeiras, vejo ali uma plêiade de patriotas, e republicanos que tiveram a coragem de aceitar õ Poder neste lance tam difícil para a vida portuguesa»

Pois assim como houve patriotas e republicanos que tomaram o seu posto JQ.O Poder Executivo, tomemos nós também o nosso no Poder Legislativo. Por mim, não abandono nunca o meu posto, e por isso voto contra o adiamento. . -

O Sr. Augusto, Dias da Silva:—- Não me alongarei em; considerações porque os ilustres oradores que me precederam expuseram melhor do que eu o poderia fazer, aquilo que eu sinto, mas não o sabe-, ria dizer.

Hás, não quero deixar, no entanto, de protestar energicamente contra o adiamento que o Governo pretende arrancar ao Congresso..

Eu entendo que se isso fôr votado ó uma abdicação absoluta do Parlamento, ê é preciso muito cuidado porquanto os ia-tegralistas, como os presidencialistas continuam a afirmar que o Parlamento não tem razão de existir, e que o Parlamento, político de mais, não corresponde às necessidades do país,