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Sessão de 9 de Dezembro de 1918 11

zembro de 1918.— O Senador, Manuel Ribeiro do Amaral.

O Sr. Presidente: — Essa lembrança está no espírito de todos.

Pausa.

O Sr. Presidente: — Mais ninguêm pediu a palavra. Vão votar-se as propostas dos Sr s. Castro Lopes e Ribeiro do Amaral.

Postas à votação, foram provadas depois de admitidas.

O Sr. Presidente: — A Mesa, usando da autorização que pelo Senado lhe acaba de ser dada, agrega às comissões, dêste modo, os seguintes Srs. Senadores:

Leu.

O Sr. Presidente: — As comissões podem agregar os membros que quiserem. Não era necessário, para Isso, haver proposta.

O Sr. Machado Santos: — Na verdade, Sr. Presidente, isso assim é. Mas não há dúvida que há uma reparação a fazer ao Sr. João José da Silva, antigo presidente do Supremo Tribunal de Justiça.

Se nós, Sr. Presidente, queremos fazer um trabalho de disciplina e de ordem, precisamos de dar categoria àqueles que a merecem.

O Sr. Ribeiro do Amaral o que fez com a sua proposta foi lembrar a esta Câmara uma cousa de que ela ultimamente se tinha esquecido.

O Sr. Presidente: — Foi combinado com S. Exa., quando se organizaram as- comissões, em quais devia eírtrar.

O Sr. João José da Silva: — Porque é costume, ao tratar-se das comissões, nos dizermos a que nos convêm pertencer, assim, eu que sou do Algarve, por interêsse para a província entendi que não me ficava mal pedir que fôsse inscrito na comissão de pescarias.

O Sr. Presidente: — Nesta altura dia sessão, eu posso encerrá-la ou que continuem no uso da palavra os que a pediram para antes da ordem do dia.

Sigo esta segunda orientação.

O Sr. Ribeiro do Amaral: — Ao apresentar-se uma proposta para se felicitar o Sr. Presidente da República por ter escapado do atentado, o Sr. Machado Santos pediu que fôsse generalizado o debate.

Logo que o requerimento foi admitido na Mesa, não haveria mais do que pô-lo em discussão.

O fim do Sr. Machado Santos, naturalmente, não era outro do que fazer com que os Srs. Senadores mais acentuarem a sua repulsa.

Assim se fez na Câmara dos Deputados.

O meu propósito era, pois, ao votar o requerimento do Sr. Machado Santos, requerimento que toda a Câmara votou, tambêm frisar em meu nome e no das classes que represento a indignação que me causou o atentado e fazer notar à Câmara que se a vida do Chefe do Estado é considerada como um penhor de ordem, não pode admitir-se que o Chefe do Estado a exponha a cada passo a todas as contingências, temeráriamente.

A outro facto, Sr. Presidente, me quero referir e contra êle protestar. Êsse facto, que reputo grave, é a falta de consideração a esta Câmara pôr parte dos Srs. Secretários de Estado, que depois de tantos pedidos dos Srs. Senadores para estar presente algum dêles, nenhum, até a hora 'em que falo e que é quási a de encerrar-se a sessão, se dignou comparecer.

Não pode continuar êste estado de co&-sas.

Eu não posso, Sr. Presidente, conceber a forma como se está fazendo a censura à imprensa, quando em sessão pública se fazem estas e aquelas declarações.

A imprensa não pode publicar nas suas colunas aquilo que em público se diz, principalmente quando essa exposição é feita por um Secretário de Estado. Quando um Secretário de Estado fala, as suas palavras devem ser reproduzidas e apreciadas por toda a gente.

Não se quer que se saiba lá fora o que se diz na Câmara, façam sessões secretas, logo que o público não pode saber o que aqui se passa.

A censura leva tam longe a sua acção, que chega a ser nefasto o nome do próprio Sr. Cunha Lial.