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10 Diário das Sessões do Senado

E, noutra ordem de ideas, madariado o sentir unânime:

Prestar homenagem às mães e às esposas a quem a guerra arrancou brutalmente dos seus braços e ao seu afecto os entes queridos, e agradecer, com as lágrimas de alegria infinita, quanto se tem feito e quanto se fizer pare, minorar os horrores sofridos;

Saudar os nossos exércitos de mar e terra, que tão alto souberam erguer mais uma vez a bandeira das quinas, honrando-a com os seus feitos e revivendo, com o seu triunfo, as glórias dos seus maiores, o fulgor dos áureos tempos, em que os portugueses escreveram com as quilhas e as espadas acontecimentos geográficos;

Render o preito da mais viva saudade à memória de todos os que derramaram o seu sangue, nos campos de batalha, na defesa da justiça e do direito humano:

Fazer os mais ardentes votos pela realização do verdadeiro ideal patriótico, que consista em todos portugueses adoptarem o lema: trabalho, amor e progresso, acabando de vez com a luta mesquinha das paixões políticas, porque a única política que pode fazer feliz um povo é precisamente aquela em que se respeitam direitos e deveres e em que o labor de todos, nas diversas, esferas de acção, procura o engrandecimento colectivo.— João José da Costa.

O Sr. Luís Caetano Pereira da Costa Luz (Visconde de Corache) (sobre o modo de votar): — Pedi a palavra, Sr. Presidente, simplesmente para dizer a V. Exa. que não tendo ouvido na anterior sessão a leitura da moção do Sr. João José da Costa, e não sabendo bem o que ela diz pela leitura que na Mesa £caba de ser feita, me abstenho de votar.

O Sr. Castro Lopes (sobre o modo de votar): — Sr. Presidente: parece-me que se dá o mesmo caso com a moção que últimamente foi lida na Mesa, que se deu com a do Sr. Machado Santos. A moção do Sr. João José da Costa compreende várias partes; uma delas já, está prejudicada e a outra só pode ser votada num projecto de lei.

O Sr. Machado Santos: — Eu entendo que na minha moção não há parte alguma a votar em projecto de lei.

O Sr Presidente: - Vai votar-se a moção.

Posta à votação a moção, foi rejeitada.

O Sr. Presidente: — Vai passar-se à segunda parte da ordem do dia.

O Sr. Castro Lopes: — Sr. Presidente: creio que está no espírito de todos nós uma proposta que vou mandar para a Mesa. A minha proposta tende a evitar; que estejamos a trabalhar no sentido de: anteriores resoluções, tendo nós tantos assuntos em que nos ocuparmos. É a seguinte:

Proposta.

Proponho que, nos termos do artigo 94.° do Regimento, sejam nomeadas pela Mesa, por delegação desta Câmara, as comissões a que se refere o artigo 92.° do mesmo Regimento, tendo em atenção o disposto no § 2.° do citado artigo 94.° Sala das Sessões de Senado, 9 de Dezembro de 1918.— Castro Lopes — Eduardo Ernesto Faria — Machado Santos — José dos Santos Pereira Jardim - João José da Costa — João de Costa Couraça — Domingos Pinto Coelho.

O Sr. Presidente: — Vai ler-se a proposta mandada para a Mesa pelo Sr. Castro Lopes.

Foi admitida.

O Sr. Ribeiro do Amaral: — Sr. Presidente: parece-me que, para simplificar o trabalho da Câmara, bastava que a proposta apresentada pelo Sr. Castro Lopes -simplesmente dissesse: — «São reconduzidas as comissões», etc.

O Sr. Presidente: — O Regimento não o permite.

O Orador: - Então, Sr. Presidente, vou mandar para a Mesa uma proposta para que faça parte da comissão de legislação civil o Sr. João José da Silva, antigo presidente do Supremo Tribunal de Justiça. Parece-me, Sr. Presidente, uma lembrança justa esta que apresento.

Proposta

Proponho que seja agregado à comissão de legislação o ilustre Senador João José da Silva. Sala das Sessões do Senado, 9 de De-