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Diário das Sessões do Senado

;_;ii]m Barbosa ÒQ entendeu ipL:& fornar o -C'1 S2gundo Ministério!

São portanto cabidas as nruLas COTLSÍ-dr-rações. sôbr

;¥ À cora as Juntas militares, que ?e re-vcltavam de armas na não, une o S:1. Presidente do Ministério se entendeu para a 2ou>:ituiçào dêste Govêrno!

São, portanto, cabidas as rainhas considerações pela não confiança q;ie êste Go-\vriK' pode dar, em questões de crdem públ:2a. Quem pactua cem a revolta, sem e-boçar um gesto de enorgi.-i, ou é cúmplice dos revoltosos, ou. pusilânime e portando incapaz de garantir a segurança de íc-dos nus.

Xe dia 23 de Dezembro Louve uma sublevação em Lisboa, do regimento de kmceiros 2; no dia seguinte sublevaram--se os regimentos «lê cavalaria 2 e 4, as batarias de Queluz e uma parte da Esco-IL de Guerra. Quem comar.uava essas fôrças não era o Sr. João de Almeida, n:-is o Sr. general Jaime Leitão de Castre.

E eu preguuto ao Sr. Presidente do Ministério se o Sr. Jaime de Oastro ainda é o comandante da 1.ª divisão m£itar.

Junto com o Sr. Jaime de Castro ia o antigo Ministro do Guerra, Sr. Álvaro d3 Mendonça, e tambêm o Sr. Jeito do Al-neida.

Ora eu vejo que o chefe de gabinete do S:\ Ministro da Guerra é exactamente o mesrao homem que err chefe do gabinete do Sr. Álvaro de Mendonça, que fc: acusado, publicamente, de iiaver traído o Sr. Dr. Sidonio Pais. S. Exa., assim cue soube que o Sr. Sidonio Pais baqueara, em vez ie se dirigir para D pé dos seus colegas do Govêrno a que pertencia o Sr. Tz-nagaini Barbosa, correu aos quartéis, e veio depois fazer imposições, eo nonc do exército, aos seus' colegas no Govêrno.

Acho extraordinário tambêm, que até Loje se não tenha tido qualquer procedimento contra o Sr. Álvaro do Mendonça e que se aceite a.sua colaboração indirecta; S. Exa. está sólio e o seu chefe do gabinete, porventura o mais audaz dos seus inspiradores, é o chefe do gabinete do actual Sr. Ministro da G cerra.

Na declaração ministerial diz-se rue não foi uma insurreição que ho^ive, que

1 foi apenas um mo\ intento da opinião mi-i Jitar, pelo muito amor que tem à llepú-§ blica. Nova. pelo muito amor que sente , pé. a obra de Sidonio Pai« !

O que vi, Sr. Presidente, é que à frente dessas forcas que se revoltaram, não íi-gura nenhum nomt! que tivesse colaborado com Sidonio Pai», salvo os Srs. Marga rido e Solari Alegro, que foram o-; carrascos da população do Pôrto, conforme. os acusei aqui no Senado.

A o^sa acusação respondeu o Sr. Ta-

niíLgnini Barbosa, então Secretário de Es-

tado do Interior, se não estou em êrro,

que iria investigar

1 Deu a sua palavra de honra que faria

1 isso! Ora eu não vi, nem ninguêm viu,

• que os culpados» fossem castigados; é por

, isso que ponho em dúvida as suas afir-

1 mações, mesmo fritas sob pala\ra de

1 honra.

O Sr. Presidente do Ministério e Ministro do Interior (Tamagniui Barbosa): — V. Exa. * ou esclarece essa situação, ou eu

' e o Govêrno retirurao-nos.

i

Oa Orador: — Sr., Presidente: eu disse

que o Sr. Taraagnini Barbosa, dentro

dosta sala, dera u *>uzi palavra de honra

de que ia investigar dos assaltos aos jor-

nais do Pôrto e outras prepotências das

1 autoridades policiais, e que ia punir os

j culpados. S. Exa. 1 tanto não investigou

, cousa nenhuma que os culpados ainda se

encontram nos seus lugares... de cou-

fifnça.

O Sr. Presidente do Ministério e Ministro do Interior (Tamagnini Barbosa): — Sr. Presidente: não me satisfaz. esta explicação.

O Orador: — Sr. Presidente: eu não posso dar outra explicação senão esta. -

Invoco o testemunho desta Câmara sôbre as palavras que então se pronunciaram nesta sala.

As afirmações que S. Exa. tem vindo fazendo aqui, .à, Câmara, não têm sido confirmadas pelos seus actos; agora S. Exa. tire das minhas palavras o corolário que qiiser.

Sr. Presidente: não posso dizer nada sôbre isto.