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22 Diário das Sessões do Senado

deixando do corresponder ao objectivo que tinham em vista.

O Orador: — A verdade é que todas as leis são boas quando os indivíduos procedem de boa fé e todas são más quando êles procedem de má fé.

Oxalá que eu inc engane; mas êste artigo do projecto, que resolve a questão com os dois tipos de pão, poderá vir a causar alguns dissabores ao Sr. Ministro dos Abastecimentos.

Diz-se que isso se tem de fazer por causa do stock de farinha de primeira qualidade.

Mas então para que mandarem vir essa farinha? Sabiam perfeitamente, quando a, mandaram vir, que ela era para fabricar pão.

Parece-me, Sr. Presidente, que esta do pão de primeira qualidade tem por fim proteger a venda da farinha de Espanha. Há até certo ponto uma razão nisto, por que é uma forma de abastecer o mercado dessa farinha.

Referiu-se o Sr. Afonso do Lemos ao artigo 3.° Há uma parte em que S. Exa. está em êrro.

A lei de 1899 está em vigor. Se os preços é que se modificam de ano para ano.

Eu estou convencido de que para o ano o pão não será mais barato. Os preços, porêm, modificam-se. Há nisto uma certa razão. Mas isto não quere dizer que o pão para o ano não possa ser vendido muitíssimo mais barato.

As fábricas matriculadas são obrigadas a comprar o trigo pelo preço da tabela mas têm a compensação pela entrada do trigo exótico, de forma que isto pode dar lugar a poder-se vender o pão mais barato.

Por consequência, desde que S. Exa. diz que neste ponto serão salvaguardados os direitos da lavoura nacional, não tenho senão que dar o meu voto a êste projecto.

Eu quando falo aqui é apenas para pugnar pelos legítimos interêsses da lavoura nacional e bem assim pelos interêsses das outras classes trabalhadoras.

O artigo 4.° diz:

Leu.

Fez V. Exa. muitíssimo bem em pôr isto, porque, desculpe-me V. Exa. em lhe dizer, se o não fizesse dentro de quarenta e oito horas, era um homem ao mar.

Porque todos têm muitos desejos de coopera? com o Govêrno, mas tambêm têm o desejo de ganhar o mais que puderem, vendendo por isso os géneros bastante caros: e V. Exa., nessa ocasião, não tinha outro remédio senão ir para o fundo.

O orador não reviu.

O Sr. Castro Lopes: — Pedi a palavra para requerer a V. Exa. a prorrogação da sessão até ser votado êste projecto.

O Sr. Visconde de Coruche: — Requeiro a contagem, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: — Procedeu-se à contagem e verificou-se não haver número, pelo que a sessão está encerrada, sendo a próxima amanhã, à hora regimental.

Eram 17 horas e 40 minutos.

O REDACTOR— Alberto Bramão.