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Diário das Sessões do Senado

vezes na ordem do dia, sem ser discutido.

Era de supor que na respectiva comissão de guerra se tivesse apreciado por completo o assunto. Tal não aconteceu, e ao chegar ao Senado a comissão de guerra lutou logo coin grandes dificuldades., em vista das reclamações que Dor várias vias lhe fcram chegando, limitando-se, no seu primeiro parecer, a introduzir modificações referentes aos prisioneiros do guerra e a considerar dalguma maneira os oficiais milicianos que tinham prestado relevantes serviços. ; Mas qual foi o espanto da comissão de guerra quando, depois de terem passado dois dias, chegavam inúmeros requerimentos, informações, petições e comissões de vária ordem, que todos os dias eram recebidos pelos membros da comissão l E, assim, pode dizer-se hoje que o assunto ainda não está resolvido, e não está resolvido, principalmente, por esta circunstância: ao mesmo tempo que se criaram os cursos dos milicianos criaram-se também os cursos reduzidos na escola de guerra. A dificuldade que se apresentou à comissão foi a de saber como é que haviam de entrar para o quadro permanente os oficiais milicianos, porque entre nós sempre se respeitou ato hoje o princípio da antiguidade.

Isto mesmo sucede com os oficiais promovidos por distinção, e eu sou um deles, pois aiada hoje sou general supranumerário.

De maneira que esses oficiais, entrando no quadro permanente, iriain galgando por cima de todos os outros.

Daqui, naturalmente, a colisão entre os dois grupos, e a dificuldade da comis-em resolver uma cousa que não tem solução razoável. As soluções que nos apresentavam iam ferir os interesses de uns a favor dos interesses dos outros.

Eu cheguei a dizer, há dias, a um oficial, nos Passos Perdidos, tam convencido estava ele da sua razão: «Apresente você um projecto que resolva estes casos e eu comprometo-me a fazer uma proposta para que seja promovido a general, por ter feito uma cousa extraordinária» .

O que é certo, porém, é que até hoje ele não aprseentou esse projecto, não sei se por impossibilidade de fazer justiça a to-

dos, se pela dificuldade de resolver todos os casos.

Assim, a comissão de guerra tratou de resolver aqueles que apareceram, de maneira a ferir o menos possível os interesses adquiridos. Ainda mesmo no decorrer da discussão ela apresentará umas modificações ao projecto, e tem a declarar à Câmara que não se julga convencida de ter resolvido o problema por completo.

A comissão de guerra entende que convém aprovar o que aqui está, e que resolve alguns assuntos.

Continuarão naturalmente a aparecer reclamações e representações, que terão então do ser apreciadas e discutidas.

O Sr, Celestino de Almeida : — Sr. Presidente ;; usar da palavra na generalidade dum projecto desta ordem, e logo em seguida a dois ilustres membros da comissão de guerra terem falado, pode ser considerado como ousadia; não o é, Sr. Presidente, .á* simplesmente o cumprimento dum dever tomado para comigo próprio. As considerações de ordem geral feitas pelo ilustre Senador Sr. Alberto da Silveira, a respeito do que deva ser o nosso exército, estão no espírito de toda a Câmara. Simplesmente seria difícil apresentar esse ponto de vista com j a clareza com que S. Ex.a o apresentou.

^Quere isto dizer que eu esteja de acordo com todas as considerações por S. Ex.a feitas sobre a não entrada de milicianos para o exército? Não, e daqui a pouco direi porquê.

Por outro lado, as considerações feitas pelo ilustre relator, Sr. Abel Hipólito, a ponderação, e um cuidado, uma atenção tendente a tanto quanto possível resolver os casos o melhor possível, sem ferir interesses são, pela maneira calma e serena por que foram apoesentadas e pela competência superior de quem as apresentou, muito para serem tomadas em atenção.

Foi em vista destes dois pontos, Sr. Presidente, que eu tive de ocupar-me do assunto, mas não entro na generalidade deste projecto de lei, que é de carácter técnico, para que eu não pudesse ter o propósito firme de me ocupar da generalidade deste projecto especialmente nesse sen carácter técnico.