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Diário das Sessões do Senado

O Sr. Herculano Galhardo: — Anies tie iniciar as minhas considerações eu devo dizer quo o meu pensamento era deixar vincado na acta o meu ponto de vista, cousa que nào pude fazer quando •> p"0-jecto entrou cm discussão, on por ele ea-rneçar a discutir-se com dispeasu dusior-nialulade^ rogiuientais, ou por ei, ^stai* ausente da sala. Julgo que foi por qur.l-que; destes motivos.

Respondendo ao Sr. Afonso de I.eiLCs, relator deste projecto . . .

U Sr. Afonso de Lemos íj^m-^e.1?-í/o) : — Eu não sou o relator.

O Orador: — K u julgava que estava a responder a S. Ex.:i como ro!ator, Ncs^i-caso pivô a V. Ex.'\ Sr. Prcsideiiie, paru me coi.í-edor a palavra dopeis de :ab.r o reh.íor deste projecto.

O Sr. Ernesto Navarro :- -Eu utvo explicar. pJa muita consideração ;;ue me mereço o Sr. Herculano Gal.uvrdo, quo se não pocli a palavra na generalidade, foi porque S. Ex." falou e eu não tidui razão para intervir.

Vifcto quo estou no uso c.i. palavra ou não pos?o deixar de combater a argumentação do S. Ex.a que chegou a duor que o projecto era anti-patriótico.

O Sr. Herculano Galhardo do) : - Perdão ! Eu não disse qiu o '.):o-jecto era antipatriótico. V. Ex. ' compreendeu mal.

Eu nur.ca poderia dizer i^bO tratando--se de um projecto relatado por V. E O

O Orador:-- Pelo menos Y. Ex.'"1 di^o que era anti-político o apresentar uni pvu-iecto Jo ijual se depreendia a suposição de fj^ití c. Mtunção financeira do Estado em lugar de melhorar viria a pior o r. visto que não se indicava prazo no re^ppeti-vo projecto durante o quil csti lei cie excppç.io deve vigorar.

Só eu pedisse a S. Ex.a que me iadi casse u;iL prazo, ou creio que S. Ex." li-caria embaraçado.

E a experiência que ou tenho dósies assuntos quo mo levou a não pôr prazo. porque c i tenho visto sempre que a situação do País em lugar de melhorar tein--se nírravíulo sucessivamente.

O valor da argumentação do Sr. Her-culano Galhardo, quanto a mi m, não tem, pois. forca alguma.

O Sr. Herculano Galhardo:—Tinha pé-•lido a palavra u propósito do que disse o Sr. Afonso de Lemos, por que pensei que S. Ex.a era relator, mas não era meu pensamento censurar quem quer que seja, >• aáiíim o Sr. Ernesto Navarro.

Já eiu aparte disse a S. Ex.a que essa palavia que julgou, que eu proferi, era descabida o imprópria de mim.

Agora quanto à exposição do Sr. relator, começou por d^zer S. Ex.a quo não pediu a palavra para mo responder, visto que (ui estava discutindo na generalidade.

Nàc foi assim, visto que mo referi muito taxativamente ao artigo em discussão, c se isto não ó discutir na especialidade, então não sei o que é.

FaiDU S. Ex."- em prazo, palavra que eu não proferi nem uma só vez.

S. Ex.a referiu-se porventura a considerações minhas feitas na Secção, mas j.fio a considerações aqui feitas.

A -Hlnhã argumentação foi outra, que vou repetir contra vontade.

A situação do Pais é extremamente grave, ó já uma cousa banal dizé-lo.

Chegou o momento do todos os homens público:? terem uma idea da política do momento; eu entendo que não deve haver nenhum homem do Estado que não deva consicerar como um dos primeiros problemas o da carestia da vida.

Já não tenho idade para me assustar com pequenas cousas, e, portanto, não me assustou o àparle do Sr. Machado Serpa,. e não deixo de afirmar o meu ponto de vista.

Sr. Presidente: eu entendo que podemos ser pessimistas em tudo monos no problema da carestia da vida, porque, se ibrnios pessimistas neste ponto do vista, estamos a fazer a política da ruína, o contra isso protesto eu.