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Diário das Sessões do Senado

O Sr. Júlio Ribeiro: — Não ora, r.uo senhor. Eu ndori à República quatro anos depois da sua implantação, e nílo es:ou arre])endido de o ter leito.

O Orador:—Do todas as declarações feitas polo Sr. Ministro do Interior, ao iazer-mo a lionra do mo respondei1; unia há que mereço registo especial. S. Ex.: disse: c A deslocação do Sr. Presiiloito da República não vai importar em 20.000?vo.

S. Ex.;i vai ter uma desilusão colossal quando as respectivas contas forem npre» sentadas, o eu e todo o Senado teremos uma desilusão colossalíssima se virmos ossas coutas. Mas não teremos Gssorisso, porque essas contas lião-de ser tanto apresentadas como foram as da viagem presidencial ao Brasil, que foi computada em 1:000 contos, mas estou convencido do que havia de custar muitíssimo mais— cm 0:000 ouvi computar, o aqui o disse— e, contudo, essa viagem teve um resultado imediato e positivo : levantar o nome dôsto pobre Portugal perante o mundo civilizado.

Disse o Sr. Ministro do Interior dever essa viagem ter o luzimento devido a uma viagem do Chefe- do Estado.

Nunca mo passou pela cabeça pensar que o Sr. Presidente da República fosso ao Porto, como eu posso ir, de raalinua mi mão c numa carruagem vulgar. Quis apenas dizer cuo o Chefe do Estado devia viajar como Chefe dum Estado de finanças arruinadas e que só possui essa triste espécie de moeda com que ainda compramos as couves e os feijões para nos alimentarmos.

Não sou obcecado, nem faccioso a ponto de não distinguir entre o luzimento devido' à situação de pessoas em destaque o a dum simples particular. Não posso admitir uni Chefe do Estado, por exemplo, inal vestido, e em todo o caso no ru-ginio querido do Sr. Ministro cio Interior já houve ura Chefe do Estado prestando--se largamente, nesse ponto, à ciítica. Foi o primeiro da República: andava a pó e muitas vezes de malva pingante.

Nessa ocasião não tinha eu voz no Parlamento : se dele fizesse parte havia :lc protestar contra Osso desprestígio para a nação.

Já vó o Sr. Ministro do Interior q'io quando pugno pela economia não excluo do modo algum a decência.

Repi;:o : o Sr. Ministro do Interior v*ú ter uma grave desilusão quando lhe apresentarem as contas da viagem, se as aprcscr.tarem; então é que S. Ex»a vai ver quanto custa essa deslocação em caminho do ferro daqui para o Porto, não só do Sr. Presidente da República, mas do toda a comitiva que o acompanhar. ,

Agradecendo a S. Ex.a a forma gentil como rno respondeu, termino as minhas considerações.

O Sr. Presidente:

ordem do dia.

Vai entrar-se- na

ORDEM DO DIA

O Sr. Presidente: — Vai ler-se a proposta do Sr. Ministro das Colónias para a nomeação do governador da Guiné.

Em seguida leu-se a proposta. E a se~ tjitinte:

Nos termos do artigo 25.° da Constituição Política da República Portuguesa, tenho a honra do propor para governador da província da Guiné o tenente-co-ronel de infantaria, Jorge Frederico Veloz CarDÇO, antigo governador da mesma colónia.

Sala das sessões do Senado, 18 do Janeiro de 1024.— O Ministro das Colónias, Mariano J\[artins.

O Sr. Presidente: — Vai proceder-se à chamada para a votação.

Em szguida procedcu-se à chamada.

O Sr. Presidente:— Corno mais nenhum Sr. Senador está presente para votar con-sklcro encerrada a votação.

Pausa.

O Sr. Presidente :—Convido para cs-crutinadores os Srs. Ribeiro de Melo o Alfredo Portugal.

Em seguida procedeu-se ao escrutínio.

O Sr. Presidente:—O resultado da votação foi o seguinte: entraram na urna 4õ esteras; 5 pretas o 40 brancas, número igual ao das entradas.

Está portanto aprovada a proposta do Sr. Ministro das Colónias,- sendo eleito o Sr. Veloz Caroço.