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Diário das Sessões do Senado

só terminar sem agradecer as palavras gentis que S. Ex.a me endereçou. O oi'((floi- nào reviu.

O Sr. Aragão e Brito (pj.ra eólica-coes)'. — Sr. Presidente: eu, como o Sr. Ministro do Comórcio, em politica não tenho afinidades com nenhum partido.

O Sr. Ministro do Comércio e Comunicações [António Fonseca): — Então somos correligionários.

Risos.

O Orador (continuando): — Eu se ouvi dizer que do dois males o menor.

Foi essa a razão por que pedi a anulação da lei.

Devia a Ki ter estranhado o Senado c:uc ou fizesse tal pedido, parecendo que mo desinteressava da criação dessa Escola.

Mas como eu sei que V. Ex.a já fc;-. uma nomeação para o cargo de professor, o elo não me satisfaz, cstatido a dar-me raz^o o telegrama do Sr. governador civil, chamando a atenção de V. Ex.''-para a competência do pessoal a nomear. Levou-me isso a pedir a anulação dês>c decreto, porque tenho a impressão de qiu não vão dar bom resultado essas nomeações.

E permita-me V. Ex.a que discordo dt: sua opinião sobre a competência doa professores. Eb3oia Primária Superior tleisii perceber logo pelo nome que é superior, mas isto n?,o quero dizer que os seus professores sejam competentes para ir desempenhai* as funções de professores na Escola Industrial e Comercial, embora cia seja de ensino rudimentar.

V. Ex.a, que tem um curso sup?rior, como eu, não nos admiramos- nada que isto suceda, porque sabemos muito bem que alguns professores de liceu, e que ao mesmo tempo eram professores de escolas superiores, pecavam por serem maus professores, porque tinham sciôncía a mais.

Aqui; creia V. Ex.a, infelizmente isso não 53 vL'; ./ que se cia- é alguns estirem abrau^.L^ pulo decreto que extinguiu as ELCC;...^ 1'^i^iáriaá Superiores.

]'Lu.. _ci.o do quo o Sr. Ministro da ÍJ3í_L;..J- «-'ora íiquolo decreto, não teve oiii vl_::. J-Lisprastigiar proiessores das E-;;-„!..: ?j'aiâi'íiu Superior i, que h;i

muitos aptos a desempenhar as funções do seu cargo, e não se sentem vexados pelo facto de serem submetidos a concurso de provas públicas. Era precisamente isso quo eu desejava quejy.-Ex.a fizesse.

O Sr. Ministro do Comércio e Comunicações (António Fonseca) (interrompendo}:—

Eu tive o escrúpulo na nomeação desses professores, que aliás não conheço, de não ter nomeado um professor de estenografia, por' não encontrar pessoa competente.

O Orador:—Eu sou taro. independente na política quo não sei quem são esses proiessores, mas quero fazê los prestar provas públicas, porquo, pelo espírito da ici que extinguiu as Escolas Primárias Superiores, eles, para irem outra vez para «jssas escolas, tinham de se sujeitar ao concurso de provas públicas ; é natural que, nomeados para outra escola, só siga o mesmo processo.

Quo ise faça isso para acabar com fa-voritismos, embora eu saiba que V. Ex.:l não os satisfaria.

V. Ex.a há-de permitir-mo que lhe diga quo emu, mas do boa fé; V. Ex.a podia, por meio dos parlamentares do distrito, irJbruiar-se do que eles preferiam que lá se fizesse.

Eu preferia submeter os candidatos a provas públicas.

O Sr. Ministro do Comércio e Comunicações (António Fonseca): — Quando a lei o estabelecer eu hei-de proceder dessa maneira, mas como a lei agora não o permite, não o faço.

Nessa hipótese, quem era o Ministro do Comércio era V. Ex.a

O Orador: — Estou simplesmente a indicar a V. Ex.a a melhor forma de re-solvsr o assunto.

V. Ex.a está convencido de que stio bons os seus processos., o eu acho quo são maus ; portanto os candidatos devem ser submetidos a provas públicas.

O Sr. Ministro do Comércio e Comunicações (António Fonseca) : — Sendo asjj sim, a lei aplicava-se ou não, conforme

conviesse.