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Diário das Sessões do Senado

Se o facto de eu ter entraco num movimento revolucionário é motivo suficiente para não merecer confiança r,o Sr. Ministro da Marinha e ju;gar-mo UIÍL constante revolucionário, então também o Sr. Presidente do Ministério não lhe: deve merecer confiança, porque já entro:i até em mais de uma revolução.

Com respeito a não ter eu permitido r. entrada a bordo do alguns oficiais por ocasião duma revolução, creio ser isso natural, pois numa ocasião dessas não entram em certos lugares senão pessoas de coafiançc, dos revolucionários.

O que há, Sr. Presidente, é uma grande má vontade daqueles que, como o Sr. Ministro da Marinha e outros, r^main parr, a direita contra os que remam para a esquerda.

Quando passei o atestado aos sargento?. o meu único objectivo foi concorrer para qne fosse feita justiça a esses leais servidores da República.

Sr. Presidente: é absolutamente indispensável prra defesa da Repáblhfi qne todos esses marinheiros e sargentos a quem arbitrária e injustamente foi dada baixa da armada, sejam novamente reintegrados, e nesse sentido se devem esforçar todos os bons republicanos.

Há dias o jornal O Século, a propósito da amnistia, trazia um dj?senho de Ler.l da Câmara, em que a República de braços abertos dizia: «marinheiros, cá fora é que preciso de vós!»

Eu termino dizendo: marinheiros ta armada é que a Republica precisa de vós!

Tenho dito.

O Sr. Ministro da Marinha (Pereira cia Silva) (para explicações): — Sr. Presidente: pedi a palavra para dizer qi;0 não fiz referências pessoais ao Sr. Procp-pio de Frer.as, nem tam pou2o pus em dúvida os seus sentimentos reprblicf.nos.

Eu apenas quis acentuar c& oo:;:vcs por que as praças abonadas pelo comandante Sr. Procópio de Freitas não podiam ser reintegradas.

È quando disse que o capituo-tenenie Sr. Procúpio de Freitas tinha sido fitado da comissão de confiança . . .

O Sr. Prccópio de Freitas (interrompendo) : — Não é verdade ! Não fui LÍas -t ado.

O Orador: — Então, deslocado . . .

O Sr. Procópift-ue Freitas: — Nem des-Iccado!

A minha saída d& capitania foi uma vilania que mo fizeram « . .

O Orador: — O capitão-tcnente Sr, Procópio do Freitas saiu da capitania porque o Sr. Major General da Armada o determinou.

O Sr. Procópio de Freitas:—Foi uma

violência í

O Orador:—Seria, mas foi certamente com a sanção do Sr. Ministro; foi um acto do Governo da República, que o julgou conveniente para mf.nter a ordem pública.

Apoiados da esquerda,

Por consequência não faltei à verdade nas minhas afirmações.

Tenho dito.

t

O Sr. Alves de Oliveira:—Sr. Presidente: eu inscrevi-me para quando estivesse presente o Sr. Ministro do Interior, para tratar dum assunto que diz respeito ao distrito que me elegeu.

Por isso, pedia a S. Ex.a que atendesse as ligeiras considerações que vou fazer, a& quais terminarei com um pedido, convencido de que ele vai ser deferido.

Quando se constituía o Governo da presidência do Sr. Ginestal Machado, a autoridade sua delegada no distrito de Ponta Delgada informou-o da situação irregular em que se encontravam algumas corporações administrativas. Em quatro concelhos ainda se não tnham feito eleições e por conseqiiência estavam a funciono: os corpos administrativos eleitos. HEI ano antes; a eleição dos vereadores eleitos tinha sido anulada pelo Supremo Tribunal Administrativo em acórdão de 1923.

Erii" Novembro, quando aquela autoridade L&suiriu a direcção do distrito, expôs a mesma situação ao Sr. Ministro do Interior, referindo-lhe a conveniência de que rapidamente fosse marcado dia para as eleições s.o efectuarem.