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Diário deu SeMÔet do Senado

Iam forte cleiLais. Por isso, não cm vi o que há pouco disseram os Srs, Ribeiro de Melo e Artur Costa, em vários apartes,, Concluí, porém, das palavras do Sr. Querubim Guimarães, haver sido arguido de ter dado ao Senado uma informação raenos verdadeira. Dei-a de boa fó e com as cautelas precisas. Essa informação foi-me confirmada por alguém que veio ao Parlamento com essa intenção. Alguns colegas nossos, por outras vias, tiveram conhecimento do mesmo boato.

E facto também haver dito constar-me :— e isso foi noticiado pelo Correio da Manhã sob nota minha — ter um Banco, sen:, indicar qual era, feito um levantamen to de um milhar de contos do Banco de íonu-gal.

Hoje já aqui foi dito, pelo Sr. Mendes dos Reis, que havia sabido, da "boca do Sr. Presidente do Ministério, não ter ess& notícia fundamento nenhum, e até se tinhs. dado exactamente o contrário do que corria.

O Sr. Mendes dos Reis (interrowpen-do)'.— É verdade.

O Orador: — Necessito por isso dizer claramente, Sr. Presidente, que quando aqui falo em defesa dos interesses da nação, o não faço com ideas de especulação política. Faço-o com boas intenções o com a liberdade que me confere o meu lagar nesta casa.

O Sr. Artur Custa (para explicações): — Sr. Presidente: pedi a palavra para explicações, quando o Sr. Oriol Pena dizia que não tinha ouvido bem as palavras que proferi. Assim, eu teria de reproduzi-las, mas, pelas considerações que S. Ex.a fez, vejo que S. Ex.a apreendeu bem o seu sentido.

Eu disse que S. Ex.a tinha aqui trazido duas notícias inexactas; uir a relativa à demissão da direcção do Banco de Portugal, outra que o Credit tinha levantado daquele Barco 1:000 contos, guando ele tinha mas era alargado o seu depósito.

Disse que com o crédito do país se não podia brincar. O crédito da nação deve estar dentro dos nossos corações (Apoiados).

Presto, é claro, a minha homenagem à boa fé do ilustre Senador; Mas, apesar de

ser mais novo, permito-me dar um conselho a S.. Ex.a: é não dar crédito ao boato.

Faço a justiça de que nem S. Ex,a, nem nenhum Sr. Senador é inimigo do crédito da nação, mas entendo que alguém há no pais que quere o descrédito do País.

.A bo.oi, pois, não Jazermos afirmações de ânimo leve.

O Sr. Querubim Guimarães (interrompendo):— Todos devem fazer justiça às palavras do ilustre Senador, que era iu-capaz de dizer uma cousa que não fosse de boa fé.

O Orador: — Eu já prestei essa homenagem a S. .Ex.a

Mas é preciso que rios tenhamos cautela com as afirmações que fazemos, e devo dizer a propósito que o Sr. Querubim Guimarães teve há pouco uma frase infeliz, que foi a de que —o Estado tinha aberto falência.

É uma frase que impressiona e que só pode servir aos inimigos da nossa Pátria.

Apoiados.

Lá fora depois afirma-se que até já no Parlamento se diz que o Estado tinha aberto falência.

São perigosas estas palavras, pelo que devemos ter cuidado em as proferir.

O Sr. Querubim Guimarães (interrompendo):— Os actos é que proclamam a falência, não são as palavras.

O Orador:—Eepito : V. Ex.a teve uma frase infeliz.

Acusar o Governo pelos decretos publicados, está no seu direito. Mas não vamos antecipadamente lançar essa especulação de falência do Estado, que é muito perigoso.

O orador não reviu.