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Diário das Sesêõe» do Senado

difíceis, prestado os mais relevantes serviços h República nas cadeiras do Poder.

Não pode dizer-se que seja necessária a sua apresentação, porque todos nós já conhecemos a. sua envergadura, já sabemos do que são capazes, e confiamos absolutamente no seu patriotismo, no sen amor à República, e no seu espírito de sacrifício, para sabermos que eles hão-de integrar-se completamente no plano da obra traçada pelo Sr. Presidente do Ministério quando foi chamado a constituir Governo.

Estou certo que vão todos trabalhar para se caminhar com tenacidade, com cuidado, mas com pressa, digamos também, para só alcançar o equilíbrio orçamental, que é a base fundamental do ressurgimento de todos nós. •

O Sr. Presidente do Ministério, chamando estes três novos colaboradores, foi feliz, e eu não o posso deixar de felicitar por esse motivo e também porque tam rapidamente solucionou a crise aberta pela saída dos três Ministros que ocupavam as pastas preenchidas agora.

O seu elogio foi feito com claro espirito de justiça pelo Sr. Presidente do Ministério, e eu só tenho a acrescentar agora que os Senadores do Partido Republicano Português continuam a confiar na obra do Sr. Presidente do Ministério, estendendo a sua confiança também os novos Ministros, certos como estamos que S. Ex.as se hão-de mostrar sempre dignos da confiança que se lhes dá agora..

Vozes: — Muito bem. Muito bem.

.0 Sr. Afonso de Lemos: — Sr. Presidente : a atitude do meu partido já aqui foi bem definida quando da apresentação do Ministério do Sr. Álvaro de Castro, pelo nosso lender, que está hoje ausente, o Sr. Augusto de Vasconcelos.

Não tenho de modificar em cousa alguma a atitude aqui assumida, e como o meu partido preza, acima dos seus interessas, os interesses superiores do país, podem o Sr. Álvaro de Castro e os seus Ministros ter a certeza de que todas as medidas que apresentarem a esta casa do Parlamento que sejam de utilidade nacional têm o nosso voto.

Faremos uma fiscalização patriótica, &

não uma fiscalização com intuitos meramente políticos.

Com respeito aos , novos Ministros, eu*. entendo que o Sr. Álvaro de Castro seguia um bom critério para a pasta da-Agricultura, escolhendo um parlamentar que já exerceu as funções de Ministro^ naquela pasta, produzindo obra útil para a Agricultura e para o país, e escolhendo para a pasta do Comercio o Sr. NunO' Simões, que já .teve ocasião de nela demonstrar as suas altas qualidades. Agora^.. para preencher a pasta da Guerra, parece-que, seguindo o mesmo critério, o Sr* Álvaro de Castro deveria ter escolhido para essa pasta o Sr. Helder Ribeiro, que-já a ocupou, produzindo obra útil para o exército e para o país ; não compreendo.-que o Sr. Álvaro de Castro, seguindo um» critério que realmente se me afigura sensato, não proceda do mesmo modo com. respeito ao preenchimento das duas pastas da Agricultura e do Comércio^

Quanto à pasta da Instrução, S. Ex.* não foi muito feliz em escolher o Sr. Helder Ribeiro, pois S. Ex.a deve sentir-sa maguado pela orientação seguida pelo Sr. Presidente do Ministério, porque o Siv Helder Ribeiro onde ficava bem colocado era na p&sta da guerra, onde já desempenhou com brio essa missão} e, portantor S. Ex.a entrou no Ministério com um; cheque dado pelo Sr. Presidente do, Ministério.

S. Ex.a não foi para a pasta- da Guerra ou porque o Sr. Presidente do Ministério não o considera suficiente para issor ou porque espera arranja.r melhor, o que-continua a ser um cheque, ou então porque o Sr.. Presidente do Ministério quere continuar a ser Ministro da Guerxaj o-que da mesma forma considero um cheque.

Repito, S. Ex.a entrou para o Ministério com um cheque, mas um cheque-muito-grande, dado pelo Sr. Presidente do Ministério.

Espero que o Sr. Presidente do Ministério expUque esta falta, que S. Ex,a cometeu, porque sou muito amigo do Sr- : Helder Ribeiro.