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Diário cias Sessões do Senado

sentido de que os prazos estabelecidos fossem sucessivamente prorrogados.

A última prorrogação assim foi até 31 de Janeiro de 1923.

O Sr. Pereira Osório : — & Mas lá havia funcionários ?

O Orador: — É possível. Mas adoptou--se este critério, que eu não posso saber se é justo ou não. Não tenho elementos para o dizer.

Esta demora resulta de se haver estabelecido, em acordo, que seria entregue à Inglaterra a liquidação das mercadorias dos navios abandonados na índia Portuguesa.

O Oovêrno Inglês delegou numa firma inglesa o encargo de fazer a liquidação dessas mercadorias. O Ministério d.as Colónias pediu essas 25:000 libras para efeito de fazer o pagamento às pessoas que eram possuidoras dessas cargas.

O Governo Inglês não quis, durante muito tempo, fazer a entrega ao Governo PortuguOs dessas libras, dizendo que tendo Portugal uma dívida de guerra para com a Inglaterra, e tratando-se dum caso com a guerra ligado, elas deviam ficar a couta da dívida.

Houve nina grande luta entre os dois Governos, até que o Governo luglês veio afinal a entregar as 25:000 libras, mas foram para o Ministério das Finanças, em vez de irem para o das Coloniais.

Quando se pediu a entrega das 20:000 libras a este Ministério, o choque não apareceu, e de lá foi dito que o melhor seria abrir um crédito a lavor do Ministério das Colónias, visto que o easo estava embrulhado, e este transformou em 1:500 coutos as libras e mandou se para w fazer a liquidação dalgumas casas.

O Sr. Pereira Osório : — £ E isso é anterior à nomeação dos indivíduos em quês»

tão?

O Orador.; — É posterior.

O que aqui estou a dizer é funda-nien-tado.

Sou contrário à presença destes homens em Bombaímj mas a verdade é que etten-do que eles não podem abandonar o serviço.

O Sr. Ribeiro de Melo: — Mas pode S. Ex.a mandá-los substituir por outros funcionários.

O Orador: — Não pode ser. Sete libras esterlinas diárias, talvez: seja um exagero.

Se fosso na América do Norte, esto vencimento era pequeno. Na América do Norte as l libras nà'o eram demasiadas, nus na índia é possível quo sejam um pouco demais.

A razão por que esses funcionários estão na íudra há bastante tempo já é porque o Governo Português entendeu que devia regularizar alguns assuntos pendentes entre a nossa colónia da índia e á índia Inglesa. Refiro-me à questão dos telégrafos.

Na índia Portuguesa as linhas telegráficas são propriedade da índia Inglesa. Veja a Câmara como era humilhante para nós existir um serviço em território português que era inglês. Nestas condições, o Governo Português entendeu conveniente fazer reverter para Portugal os serviços? telegráficos.

.í-ísses funcionários já conseguiram uma cousa r/mito importante: é que as linhas telegráficas que atravessam o território português passem para a posse de Portugal, sem nenhuma espécie de compensações, o que, como a Câmara compreenderá, tem um grande valor moral. A Convenção já foi assinada, faltando apenas ser ratificada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros,

Outros dois assuntos estão também para se:: ultimados : é a questão do abkari e a questão dos espirituosos.

Ainda há duas semanas o Sr. governado:' geral da ±ndia pediu autorização para ir a De.v, a fim de fechar o acordo entro os delegados portugueses o os funcionários ingleses.

Durante este mês de Abril deve o Sr. governador gerai da índia, juntamente com os nossos delegados, ir a Dilly ultimar as negociações para o abkari e para os espirituosos.

Feito isto, acabou a missão desses funcionários, e então eles regressarão à metrópole, o que suponho só realizará em Maio próximo.

O orador não reviu.