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Diário da» Senões do Senado

destinando-se toda a ordem do dia unicamente à disposição da lei do inquilinato.

O Sr. Augusto de Vasconcelos : — O requerimento do ilustre Senador Sr. Cata-nho de Meneses representa realmente um sacrifício para os Senadores de todos os lados da Câmara, visto que estava em começo de férias, e muitos deles tinham resolvido já a partida para as suas localidades; contudo estamos absolutamente dispostos a fazer o sacrifício a renunciar à partida imediata para dar aos trabalhos da Câmara o esforço que é necessário, visto que a lei do inquilinato carece de ser discutida e todos nós republicanos e monárquicos reconhecemos essa necessidade.

Nós estamos dispostos a estar amanhã aqui para durante todo o espaço de tempo destinado à ordem do dia se adiantar a discussão da lei do inquilinato.

Por isso. pela nossa parte, aprovamos o requerimento do Sr. Catanho de Meneses.

O Sr. Tomás de Vilhena: — Sr. Presidente : também votamos sem a menor relutância o requerimento feito pelo ij,ustre Senador Sr. Catanho de Meneses, nem nós fomos amadores de férias, estamos sempre prontos a trabalhar; o que ncs queremos e intemeratamente mantemos é o direito de discutir, com aquela largueza e ponderação que nos é peculiar, qualquer projecto que se apresente nesta casa do Parlamento.

A única maneira de abreviar &s discussões era apresentar em-se leis comportáveis com as nossas aspirações e que fossem úteis a todos os cidadãos sem excepções.

Nós estamos prontos a trabalhar; se não quiserem dar férias, não as dêem porque nós nílo nos importamos com isso, mas o que nós queremos é o direito de discutir; foi para isso que nós para aqui viemos.

O Sr. Procópio de Freitas: — Sr. Presidente : estou perfeitamente de acordo com o requerimento, entendo mesmo que as férias podiam ser reduzidas.

Francamente, não acho justificação para .estas férias tam longas, visto qne é uma

época de trabalho e devíamos aproveitar todo o tempo possível.

Posto à votação o requerimento do Sr. Catanhc de Meneses, <_ p='p' aprovado.='aprovado.'>

O Sr. Ministro do Interior (Sá Cardoso):— Sr. Presidente: pedi a palavra para responder ao Sr. Arredo Portugal, di-zenclo a S. Ex.a o seguinte:

Eu nLo tenho culpa do Orçamento estar organizado tal como está, mas em boa verdade o Governo que o organizou também não tem culpa. Todos sabem que os géneros tom aumentado. A verba que chegou até ao fim do mês passado, se os géneros não tivessem aumentado, certamente chegaria para mais tempo, ato ao fim do ano mesmo. O Orçamento é baseado nos preços do momento.

Aqui "em S. Ex.a

O Sr. Presidente : —Não está mais ninguém inscrito. Pausa.

O Sr. Presidente: —Vai votar-se a proposta de lei.

Posta á votação a proposta de lei, foi aprovada na generalidade e na especialidade.

O Sr. Vicente Ramos :—Requeiro que seja dispensada a última redacção para a proposta que acaba de ser aprovada.

Posto à votação o requerimento do Sr. Vicente Ramos, foi aprovado.

O Sr. Presidente: — Continua em discussão na generalidade a proposta n.° 606, relativa ao empréstimo de Moçambique.

Pausa.,

O Sr. Presidente : — Tem a palavra o Sr. Procópio de Freitas.

O Sr. Procópio de Freitas: — Sr. Presidente: faço inteira justiça às boas intenções de quem planeou este empréstimo para Moçambique. »

Eu reconheço também a necessidade de Moçambique se desenvolver e desde que essa província não tem as receitas próprias para isso, recorreu-se a um empréstimo.