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Diário do* Settôet do Senado

corn o seu cortejo de lucros ilícitos e ganâncias desmedidas, porque o que vemos é tudo a encarecer cada vez mais, sem um freio possível, sem um limite provável.

Tenho dito.

O Sr. Presidente:—Eu mandarei prevenir o Sr. Ministro da Agricultura dos desejos de V. Ex.a

Pausa.

Tem a palavra o Sr. Ministro das Colónias.

O Sr. Ministro das Colónias (Mariano Martins): — Sr. Presidente: pedi a palavra para dizer ao Sr. Alfredo Portugal que, pela minha parte, comunicarei ao Sr. Ministro da Agricultura o que S. Ex.:i acaba de referir. Devo desde já, no em-tanto, prevenir o ilustre Senador que o assunto não foi tratado em Conselho de Ministros.

Tem-se falado em muitas questões que se referem à carestia da vida; temos analisado diversos alvitres para serem transformados e presentes ao Poder Legislativo, mas realmente o assunto a que se referiu o ilustre Senador não foi, como digo, versado em Conselho de Ministros e nRo sei se se «tratará dum erro de informação.

Em todo o caso, eu transmitirei as considerações de S. Ex.a ao Sr. Ministro da Agricultura.

Tenho dito.

O Sr. Joaquim Crisóstomo : — Sr. Presidente : por vezes quando leio o Diário do Governo convenço-me de que estou a sonhar.

Quero referir-me a um decreto publicado com data de ontem, assinado pelos Srs. Ministros do Interior e da Instrução,

onde se consigna um preceito permitindo ao governador civil de Lisboa, às pessoas que o acompanhem e ao comissário de emigração, a entrada gratuita em todos os teatros de Lisboa.

Isto não se acredita. É o maior escândalo que se pode imaginar.

Apoiados.

O Sr. Álvares Cabral: — O comissário da polícia de emigração pode ter necessidade de.entrar nos teatros.

Vozes: — Não apoiado! Isso não é a sério!

O Orador:—V. Ex.a não diz isso a sério.

A legislação em vigor apenas permite a entrada ao governador civil, a mais dois funcionários e à família.

Trata-se, pois, dum abuso sobre que se devem tomar providências.

O Sr. Ministro das Colónias (Mariano Martins): — Sr. Presidente: ouvi as considerações feitas pela Sr. Joaquim Crisóstomo e como não tenho conhecimento do assunto a que S. Ex.,a se referiu comunicá-las hei ao Sr. Ministro do Interior para vir à Câmara numa das próximas sessões dar as explicações necessárias.

O S:r. Joaquim Crisóstomo: — Estou convencido de que o Sr. Ministro do Interior assinou isto sem saber o que assinava, pois do contrário não o assinaria.

O Sr. Presidente:—A próxima sessão é amanhã, à hora regimental, e a ordem do dia consta do projecto de lei n.° 542.

Está encerrada a sessão.

Eram 18 Jioras e Õ6> minutos.