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Sessão de 20 de Maio de Í92Í

concedido como prémio político a amadores em sciência administratiya.

O Sr. Ministro das Colónias (Mariano Martins):—E que em Inglaterra, como em França, há um quadro de governadores.

O Orador: — Pois será por isso. E pena que nós não façamos a mesma cousa. Pausa.

O Orador:—Terminando, direi que as palavras de V. Ex.a só confirmam as minhas considerações tendentes a demonstrar que se vive nas colónias cm redime permanente de ditadura.

Tenho dito. 4

O Sr. Artur Costa: — Kequeiro a V. Ex.a se digne consultar o Senado sobre se autoriza que entre em discussão antes da ordem do dia, e sem prejuízo dos oradores inscritos, o projecto do lei n.° 584.

Trata-se de um simples projecto, que a meu ver não tem discussão de maior, autorizando uma junta de freguesia a vender umas propriedades para com o seu produto se construir uma escola.

Consultado o Senado, foi aprovado o requerimento.

O Sr. Medeiros Franco (para interrogar a Mesa):—Pedia a V. Ex.a o favor de me informar se estou inscrito para quando estiver presente o Sr. Ministro das Finanças.

Caso não esteja'ainda, peço o favor de me inscrever, assim como também para quando estiver, presente o Sr. Ministro do Trabalho.

O Sr. Presidente:—Já estava inscrito para quando eetiver presente o Sr. Ministro das Finanças e vou inscrevê-lo para quando estiver presente o Sr. Ministro do Trabalho.

O Sr. Ribeiro de Melo: — Sr. Presidente : eu tinha pedido a palavra para a usar quando estivesse presente o Sr.- Ministro das Colónias.

S. Ex.a referiu-se na outra casa do Parlamento a uma entrevista dada a um jornal da noite pelo general Sr. Gomes

da Costa, aos ataques- que -S. Ex.a fez ao funcionamento do Ministério das Colónias, sobretudo na parte que diz respeito ao andamento "do expediente daquele Ministério, digno de censura na opinião de 8. Ex.a pelo facto de esse expediente não marchar com aquela regularidade e boa execução que era mester, a não ser mediante espórtulas ou promessas suasórias.

Sr. Presidente: é para mim duplamente interessante a entrevista dada pelo general Sr. Cromes da Costa, porque se trata de um oficial de alta patente no exército da República que <_-stou de='de' a='a' suas='suas' e='e' acostumado='acostumado' respeitar='respeitar' p='p' coração='coração' pelas='pelas' até='até' militar='militar' qualidades='qualidades' amigo.='amigo.'>

Acerca do aspecto político da entrevista acho-lhe verdadeiramente uma certa graça, porque não desconheço nem ignoro que o general Sr. Gomes da Costa foi mandado inspeccionar, em comissão de serviço, o material de guerra das colónias do oriente, única e simplesmente por recear o Govôrno de então que S. Ex.a servisse de tabuleta para um movimento revolucionário que estava anunciado pelos quatro cantos da cidade.

O Sr. Júlio Ribeiro (interrompendo): — Isso é o quo se-dizia.

O Orador: — li o que se dizia e o que era a verdade.

O general Sr. Gomes da Costa é o autor do um livro sobre a batalha de La Lys,- e autor também de uma carta que foi dirigida ao comissário gorai da polícia cívica de Lisboa, na qual o elogia pela maneira como ôle se refere ao desastre' de 9 de Abril, que a opinião pública teima em transformar numa vitória, quando afinal de contas foi um desastre que se deu com os portugueses, como se daria com os franceses, ou os ingleses se porventura lá estivessem.

O Sr. Artur Costa:—V. Ex.a sabe muito'bem quais foram as causas principais desse desastre: foi porque o Governo sidonista não mandou para lá as tropas que eram precisas.