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zendo que São particularmente interessada^ iia aprovação deste projecto.

O Sr. Herculano Galhardo do): — Disse-o com muito respeito, porquê esse interesse íaèrèce a simpatia de todos nós.

O Orador: — E disse S. Ex=r- cue mais uma vez ia constatar como as suas palavras não eram ouvidas nesta Câmara.

Eu peço licença para, individualmente, e creio mesmo como membro do Senado, para protestar contra essas palavras, podendo . acrescentar que decerto ninguém. ouviu com menos apreço as suas considerações, e com es.pírito de menos atender as palavras de S. ±!vx.a

Muitos apoiados.

Sabemos todos que o Sr. Hereulano Galhardo, quando se apresenta em qualquer parte a dis.cutir um .assunte, fala sempre com aduela sinceridade que o caracteriza, e se alguma vez o Senado se permite discordar das opiniões deS. Ex.a, isso não lhe pode causar, o mínimo desprimor.. porque o seu espírito democrático nos dá o direito de aprovar ou não as suas opiniõos.

O Sr. Herculano Galhardo (interrompendo) : — Tanto não me ofendi que F.inda não saí da Câmara.

O Orador: — Bem sei. Em todo o CE.SO Y. Ex.a apresentando-se pôr esta maneira, como que — pelo menos por minha parte — exerce uma pressão moral derivada da sua alta situação.

Disse o Sr. Êtercúlanó Galhardo, ena resposta indirecta ao Sr» Afonso de Lemos, que faz distinção entre obras de fo-mènfò e obraá quê não são de fomento.

Eu não sói o .que S". Èx.a considera como obras de fomento. Eu para miai acho que obra d!e fomento é uma obra de qúaíquer natureza cjuò tenh'a por objectivo desenvolver a riqueza económica das regiões.

Muito? apoiados.

£ Corno é quê" se desea volve a riqueza das regiões que não têm consumo para aquilo que produzem?

É facultando-lhes vias de comunicação.

Ê'ste projecto está nessas condições^ vai . urna região importantíssima porque ^ írêâ póVóaçõ^s1 mais iiapor-

Diário das Sessões do Sènaâo

tantes dó Minho', riiiíná arca que têm talvez mais ã.e 40t/:000 habitantes, levando para longo às suas produções que são imensas.

í"ássâ por exemplo pèía vilã dê Barcelos que é a primeira comarca dó país* depois de Lisboa e Pòríò, concelho com um elevadíssimo número de habitantes*. Èsfá vila têm nada menos que doze fábricas de fiação áe tecidos, tecicfos dó seda, fáKri-cas dê .serração dê madeiras, etc. È h'á sobretudo ainda — é para aqueles que sé interessam não só pela economia propriamente em si, mas fámbém peíft economia ligada aos intèrêèses da arte— fíá nó concelho de Barcelos uiriá arte desconhecida para a maioria dós Srs. Senadores, faás que ó não é para o espírito brilhâníe dó Sr. ííamaího Ortigãó: Oé á arfe da cerâmica-.

Eu posso afirmar ao Senado', e posso confirmá-lo por uma exposição, que íà existem hoínèns sem instrução nenhuma que fazem grán"des" obras1, obras quê podem rivalizar em áffè com as da fábrica das Caldas, criada, por Bòrcíaíó Pinheiro.

PassL também esta linha pela povoação de Póvoa dê Varzim quê ê' a praia miais impertante do norte do país.

Este caminho» de íèrrò traz não só um grande' desenvólvimenío económico pára a região, mas tamb'ém uni grande cómodo dó natureza, pessoal, dando aqueles que vivem É_áqu'éíás' regiões a"s maiores còmó'-did'Ldes pára' irem1 descansar à beira cíá agua.

Disse Tamb'ém' ó Sr. Èércúlánó Galhardo revoltar-se contra" ó pefío'do de' noventa e nove anos, que não é necessário êssò período para o desenvolvimento' d"e úmá indústria, é que isso está demonstrado matematicamente. Eu não quero por forma alguma discutir máíemáfica, porque sei soínente á conta de somar, e pouco'. ..

Pisos.

Disse' quê era demasiado o período dê noventa e nove anos marcado no projecto de lei pára a duração desta concessão, e que o período' de sessenta anos1 era mais ójUe suíiciõnfè para garantir ao" concessionário os lucros á que ele íinha díreifó, ó qu© nesse íêmpo ganhava ó suncieníe pára a co.icessão.