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Éessâo de ti de Junho de

ISÍão sout eu que o' venha Discutir, sei simplesmente que isto é tradicional na legislação portuguesa. Pode ser uma velharia, mas uma velharia conhecida por todos, apenas desconnecidar para aqueles que se dedicam ao culto das altas matemáticas, para esses o período de noventa e nove anos será demasiado longo.

Poderá ser um defeito, mas é um defeito, que se vê em todos eles. £ Será num caminho de ferro de pequena importância, como este, que nós devemos apresentar o pendão de revolta contra os noventa e nove anos?

O projecto é modesto de mais para que possa levar o Senado a alterar essa norma da legislação poítúguesá è' eínbre-nhar-se rittma luta dó princípios em volta do caso.-

Falori íaímbém o Sr. Hèí cif lano Galhardo na garantia de juros que disse representar a desnacionalização da moeda. Sejamos claros e sinceros. Isto pode "realmente ser uma desnacionalização aparente da, .moeda, mas nós devemos ser homens do nosso tempo, e, principalmente, como parlamentares, temos obrigação de adaptar-nos às- circunstâncias, encarando os acontecimentos com serenidade. ,

O padrão-ouro é o que se adopta actualmente em toda a parte, e nós não podemos ser senhores dos acontecimentos.

O padrão-escudo está hoje à mercê do câmbio,' e, por isso, tem de se recorrer ao padrão-ouro.

No primitivo projecto apresentado à Câmara dos Deputados não se falava no padrão-ouro. Foi a comissão que introduziu, essa modificação.

Disse o Sr. Herculano Galhardo que não era o Estado que pagava a garantia do juro ; eram as câmaras municipais e isso interessava a todos, porque o's impostos nos interessam pela parte que sobre nós incidOo

Ninguém tem mais direito de defender os interesses da região que vai ser castigada com esse imposto do -que os indivíduos da própria região, e ainda não vi nem me consta que nenhum, embora haja alguns para quem seja indiferente a aprovação do projecto, viesse dizer às 'Câmaras ou ao Governo que não queria contribuir para a; construção desta linha íerrea.

Pelo contrário, as câmaras municipais

das povoações atravessadas por ésíé caminho de íerró e representantes dessas povoações pedem è imploram òné ò projecto seja aprovado; ê os parlamentares da região, integrados" nos interesses' 3elas pedem também que o projecto seja aprovado.

È iodos os presidentes dás câmaras municipais várias vezes íè'm viddo aqui conferenciar com os Ministros, pêáindo a aprovação desse projecto.

• Creio ter respondido a todos os pontos do discurso do Sv. Herculano (ráínárdo, não sei se bem ou inál, ícías conforme eu piíde é sòúoe, e quem dá o que fem a mais não é obrigado.

Eu dou nas discussões em que entro todo o meu esforço e inteligência para me esclarecer a mím' e áós que me escutam,

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e, se não o consigo, ã culpa não ê ininhâ!, mas da minha' insuficiência. O orador não reviu.

O Sr. Hef emano Galhardo': — A muita consideração que me mereèe ò Sr. Alves Monteiro é que níe leva á ter usado da palavra agora, e a agradecer á forma gentil como me respondeu.

Começarei por dizer que emquanto Portugal for isto quê é há bastantes séculos, com grande glória para todos nós, eu antes de ser regiohalistá, sou português, e coloco o regionálismo em terceiro" ou quarto plano.

Não tinha o pensamento dê inutilizar o projecto. Quero apenas deixar bem claro o meu pensamento e á minha orientação, e o facto do meu ponto de vista não ter em vários casos tido a aprovação do Senado, não é por menos consideração' desíá Câmara por mim.

Diz S. Ex.a que é o padrão-ouro que deve dominar.

Não sei se ó optimismo do" Sr. Alves jHòhteiro vai até' ó ponto de supor que pôr estes anos mais -chegados poclemos chegar a esse caso, sendo o pais uma das nações em condições' difíceis.

Julgo muito" grave estarmos agarrados a esse critério, como uma necessidade para a nossa melhoria financeira è económica'.