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Diário âas Sessões ao Senado

calorosamente pelo Sr. Alves Monteiro que se torna, diíícil arranjar melhores argumentos do que os de S. Èx.a

Conheço também o valor das regiões que aqui se citam, sei que es produtos das suas fábricas podem rivalizar co:n os das fábricas do Porto e Gaimar2.es, por isso aceito este projecto de lei com prazer. ' }

O ponto mais debatido tem sido o juro ser pago em ouro.

Eu também estou de acordo com o Sr. Alves Monteirp, e não sou tam pessimista-como o Sr. Herculano (3-alhardo, creio que melhores dias se preparam para nóSo

O Sr. Herculano Galhardo (interrompendo)'.— Daus me livre de duvidar disso, mas nós podemos chegar a uma situação bela de regeneração sem termos ouro nenhum.

É bom não confundir uma época de prqsperidade, que, pode vir breve, com o estalar ouro 'que ppde estar muito longe.

O Orador: — Desde o momento que melhores dias nos venham não há perigo nenhum, 8 não há Governo nenhum que vá entregar a uma administração estrangeira a administração dos cajninhos de ferro nacionais.

. Foi aprovado o projecto na generalidade-.

Foi lido o artigo 1.° e posto à

Q Sr. Eerculano Galhardo: — Sr_ Presidente : continuo a leníorar à Câmara a conveniência de reflectir'e ponderar bem a concessão que vai fazer.

]£u também sou daqueles que n£o crerem mal ao projecto, entendo que a prosperidade do país depende da construção dos caminhos de ferro, mas não sou tam cego por caminhos fte ferro c,omo alguns dos meus ilustres colegas que preconizam. a construção de caminhos de ferro.

A esse respeito permita-mp Y. Eix.a, Sr. Presidente, e a Câmara, cpo lhe diga que já hoje se hesita para pequenas distâncias entre a construção de caminhos de ferro e a construção de estradas especiais para o trânsito de camiões e automóveis. Em Inglaterra e na América largas experiências se têm feito nesse séntidp, construindp-se caminhos espe-

ciais para o trânsito de camiõos e automóveis, sistema intermediário entre a estrada ordinária e o caminho de ferro, e destinado a um largo futuro.

Portanto, não sou tam apaixonado por caminhos de ferro como são os nossos colegas Srs. Afonso de Lemos e Augusto Monteiro. Era caso para discutir se devíamos seguir p mesmo critério ou não, porque aquele sistema deu um excelente resultado em França, quando foi da bata-Iba de Verdun, em que os alemães tinham os seus caminhos de ferro muito bem montados, mas a França obteve muito maiores vantagens com esses transportes em camiões.

Sr. Presidente: o que não está justificado é cue se faça a concessão por noventa e nove anos. Aqui não se diz nada a respeito do traçado; V. Ex.a está a ver que sendo o subsídio pago por quilómetro e ficando o concessionário de traçar a via como quiser, Y. Ex.a está "a ver., cimntas voltas e voítinhas poderá dar pela região, voltas que poderão agravar a garantia subsidiária e representar um prejuízo como medida de fomentp.

Sr. Presidente: este projecto é defendido com calor pelos três parlamentares da região, p que me cão admira, porque se norteiam por este princípio tradicional de qie um caminho de ferro representa sempre um desenvolvimento de riqueza; mas isso não é tanto assim, porque muitas vezes as contas vêm demonstrar o contrário.

Eeíeriu-se o Sr. Augusto Monteiro ao valor industrial da' região que vai ser atravessada.

Eu tenho cm minha casa três relatórios de empresas fabris portuguesas pie lanifícios e conservas alimentícias. Esta distribuiu este ano uni dividendo de 1:000 por cento. Uma outra distribuiu ÍOO por cento, e a última, a dos lanifícios, e que fica aqui perto de Lisbpa, distribuiu %Q por cento; mas, depois de fazer a distribuição do dividendo, distribuiu também qoatro acções por cada acção na posse dos seus accionistas, ou seja um dividendo ide cento e tantos por cento.