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Di&riç das Sessões ao

tro, mas a uma das repartições do Ministério da Instrução e assim foi que estabeleci no projecto.

A meu ver, é absolutamente indispensável que fique consignado na lei a constituição deste conselho e não ficar esse assunto para o Parlamento. Por isso os três artigos primeiros do projecto indicam a ligação do Ministério com o concelho, a constituição desse mesmo conselho e o § único entendo que é absolutamente indispensável porque desde o momento em. que separa a constituição e fiscalização dos edifícios públicos e monumentos nacionais acho que é indispensável que este Conselho de Belas Artes tenha representantes na Administração Geral dos Edifícios Públicos para evitar exactamente o o que se tem dado até hoje.

De modo que, neste primeiro capítulo se estabelece propriamente a parte essencial do projecto que é a constituição do corpo técnico formado por pessoas competentes para dirigir e fiscalizar os serviços de Belas Artes.

Também se torna necessário regulamentar as pensões do Estado e as bolsas de estudo, e ninguém mais competente do que o Conselho de Belas Artes para estabelecer os programas e as pensões aos indivíduos que vão estudar para o estrangeiro.

Também os museus são um dos pontos importantes do projecto porque são escolas de grande alcance mesmo até para quem não sabe ler nem escrever, por isso que, pelo facto de veras cousas. se aprende muito.

Esses museus estão hoje, felizmente, entregues a pessoas muito competentes — e permita-ma V. Ex.a que cite o dire-tor do Museu de Arte Antiga, Sr. José de Figueiredo, que é um artista de cunho.

É também necessário prevenir a hipótese de desaparecimento desse homem porque esse homem não é eterno.

E por consequência necessário fazer escolha»

Nesíe projecto está indicada a maneira de prever ôsses casos.

Esses museus, tanto os de Arte Antiga como o de Arte Contemporânea e Arte Sacra que está hoje instalado na igreja de Almedina, em Coimbra, estavam em más condições de segurança.

JB o Sr. António Gonçalves, artista na

verdadeira acepção desta palavra, não tinha no museu em exposição, por falta de segurança, um grande número de objectos de grande riqueza artística e mesmo monetária. Estes objectos estavam numa casa à guarda do cabido da Sé, o que muito contrariava aquele benemérito cidadão, porque aqueles objectos ninguém os podia ver e examinar.

Consegui, a instâncias que fiz junto do Sr. Ministro do Comércio, que se mandassem fazer umas grades para as janelas e uns portões de ferro para darem segurança ao edifício..

Ele disse-me, quando visitei aquele museu: — Eu não acredito que V. J3x.a consiga fazer, isso porque muita gentp, mo tem prometido e tem faltado.

Eu respondi-lhe que eu seria uina excepção e que iria lá vor as grades.

Fui ao Porto ver as grades que se estavam a fazer, e, passando por Coimbra, disse-lhe: — Sr. Gonçalves já se estão a fazer as grades.

Ketorquiu-me que ainda não acreditava, e. eu afirmei-lhe que iria vê-las lá depois de postas. Realmente fui, mas as grades são um pouco delgadas e ele não está contente.

Continuarei a empregar os meus esforços para que o Museu de Arte S?era continue a estar patente ao público, com a devida segurança, mostrando aquelas riquezas artísticas que encerra.

Há tns palácios nacionais, comp o palácio da Ajuda, que é um museu, que tem objectos artísticos de grande valor e que até hoje não têm sido expostos porque o palácio não está em condições de ser aberto ao público.1

Mas estou convencido que, depois deste projecto transformado em lei, o Conselho de Belas Artes há-de proporcionar a visita ao palácio da Ajuda, onde devem estar os objectos que são de grande valor artístico,,na devida segurança para evitar os roubos.

E também uma necessidade desde o momento que o país tem riquezas que as mostre aos seus naturais e aos estrangeiros,

Muitos apoiados,