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Diário daè Svsèòes dó Sehddu

tabelecer essa escola, que todos conhe-ceta.

Eu ontem tinha dito que eu e o meu partido dávamos o nosso voto a esta projecto. Dou-o muito sinceramente e ao mesmo tempo desejo- afirmar ao Sr. Joaquim Crisóstomo que não tenha apreea-sôes sobre & despesa que traz este projecto, pois despesas destas não fazem desequilibrar sensivelmente o Orçamento. • Tenho dito.

O Sr. Ferreira de Simas:— Sr. Presidente : merecem-me especial atenção iodos os projectos que se referem à criação de escolas, e este não trata de criar nêuliunia escola primária superior nem nenhum liceu ou universidade, mas uma escola destinada a filhos do povo para os instruir e melhorar as condições de produção e salvai' uma indústria importante do país.

O Sr. Joaquim Crisóstomo disse, em-fim, que se se^tratasse de uma. medida com carácter geral de criação de escolas para desenvolver os diferentes ratuos dê indústrias regionais, lhe dava o seu voto, S. Ex.a mostra ignorar em absoluto o que vai pela nossa terra sobre este assunto.

Já existem no país escolas de rendas e de outras indústrias regionais, como por exemplo a escola da Covilhã, onde se ensina o fabrico de tecidos, e a escola de Évora onde se ensina ã fabricar o tapete de Arraiolos.

O Sr. Joaquim Crisóstomo (interrompendo}: — Mas nunca fabricou nenhum tapete qm; figurasse numa exposição.

. O Sr. Santds Garcia (com licença do orador): — Nunca expôs, pela simples razão do que uma vez fabricados são vendidos imediatamente.

O Sr. Joaquim Crisóstomo: — Quando os professores daquela escola quiseram aprender não foram para Évora, foram para Arraiolos, pára as Oficinas particulares.

O Orador: — A escola que áe vni crifci" por esto projecto de lei não tem senão um professor de desenho, um mestre do cantaria e um mestre de cerâmica. Não

há professores de francês nem de matemática. E uma escola modestíssima.

O que/ realmente me podia fazer hesitar na aprovação do projecto é que a comissão de finanças, no seu parecer, diz que a despesa é de 16.000$. Mas o Sr. Ministro das Finanças, que pôs o seu «concordo» neste projecto de lei, é porque tem verba para pagar esta insignificante despesa, e digo insignificante em reláição aos resultados que há a esperar

dessa escola.

t

O Sr. Oríol Pèhá: —Sr. Presidente: aqui está um projecto de lei que merece toda a minha simpatia, e rbáis do (Jue ã minha simpatia, o meu A7oto è o meu aplauso.

Apoiados.

Em tempos que já vão distantes, e á propósito dum projecto de lei apresentado nesta Câmara pol* tini nosso colega, que não vejo presente, eu tive ocasião de dizer deste lugar que era minha opinião que se devia reduzir quanto antes, e na medida do possível, a falta de educação técnica e profissional.

Apoiados.

Eu não só tenho por este projecto de lei uma grande simpatia, mas desejava vê-lo reproduzido em todas as cidades ê vilas importantes do meti país.

Apoiados.

Um dos grandes factores da liOssO aírazo e do nosso estacionamento é a falta de direcção, sobretudo nos Sítioà onde existem Os viveiros de operários, que só merecem sei4 acompanhados e orientados.

E por isso q\ÍQ eu., não querendo tornar muito tempo à Câmara, não quis deixar de manifestar a minha simpatia por este projecto de lei e de declarar que lhe dou o meu incondicional apoio*

Se ôle na prática terá dificuldades não sei. Simplesmente recomendo que haja cautela na escolha dos professores e dos mestres, porquê nem todos servem. Não nos deixemos influenciar péla política, CO-Icqúemos na escola quem tiver méritos para isso, .e com um tal critério beneficiarão a localidade o a indústria do" pais.

O orador não reviu.