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derem receber o embate íio povo português.

ÍÇJes não fêjn a cor^geni de fazer reuniões públicas, para lhes poderem ser co,i}tes,ta4as as suas palavras; e assim permitem-se achincalhar a vida da ftepú-blica, indo, nas suas censuras, até o Chefe do Estado.

E preciso, pois, que as, autoridades subordinadas ao Sr. Ministro do Interior saibam destrinçar a palavra sã, comovida e sentida do povo, que vive revoltado pé-" Ias difíceis situações que atravessa, das que são proferidas por aqueles que fizeram do seu balcão o patíbulo judaico em que uma nacionalidade estrebucha.

Assim, Sr. Presidente, pedia a V. Ex.-, na sua qualidade de Presidente do Senado, que lembrasse ao Sr. Ministro do Interior o cumprimento da lei, lembrando-lhe que proceda contra a Associação Comercial, que se permite vexar o Parlamento, e de harmonia com a moção apresentada pelo Sr. Júlio Kibeiro. . V. Ex~.a, Sr. Presidente, procederá.

O Sr. Sá Cardoso está dormindo ainda o seu sono. de 48 horas, e até a data ainda não deu sinal de si.

Sr. Presidente: está V. Ex.a habilitado a lembrar ao Sr. Ministro demissionário5 p cumprimento do seu dever, em relação Aqueles qqp procederam menos correctamente contra p Parlamento e contra o Chefe do Estado, encerrando a Associa-çí|o Comercial, até ao apuramento final da verdade.

Dando, pois, o meu voto à moção do Sr. Júlio Kibeiro, espero que V. Ex.* se dignará proceder no sentido indicado.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Procópio de Freitas:—Sr. Presidente : s.e a última reunião da Associação Comercial de Lisboa se passou exactamente como, eu vi descrito por alguns jornais, não há dúvida que o procedimen-tp que houve nessa reunião é condenável e deve ser reprimido.

A Associação Comercial, como o seu próprio nome o diz, -foi" feita para tratar de assuntos comerciais e não políticos.

E desde que uma associação está fora dos seus estatutos, pode ser encerrada, sendo isso das atribuições das autoridades administrativas, julgo eu.

i Sr. Presidente: não são QS sócios 4a Associação Comercial as pessoas que mais força moral têm para protestar contra a actual situação, pois são eles, na sua-maiqria, os que mais têm contribuído para ela, por não se contentarem com peque-: nos lucros, e só quererem lucros fabulosos, procurando para jss.o explorar P consumidor por todas as formas.-

Eu estou convencido de que se o que se passou não fosse com sócios da Asspr ciação Comercial, já tinha havido procedimento, e haja vista o quo se deu no comício operário realizado no Parque JCduardo VII, que foi mandado encerrar, por um orador ter pronunciado, algumas palavras mais violentas.

Esta diferença de procedimentos é que gera o espírito de revolta.

Se esses Srs. da Associação Comercial entendiam que deviam fazer protestos sob o ponto de vista político, então fizessem--nos cá fora, mas nunca na sua associa-ção~. * '

Tenho dito.

O Sr. Presidente :— Não está majs ninguém inscrito. Pausai

Q Sr. Presidente: — Vai ler-se a moção, para se votar. .

Lida a 'moção, foi posta à votação, sendo aprovada.

O Sr. Tomás de Vilhena (para explicações):— Sr. Presidente: não cheguei a tempo de saber o que se estava discutindo.

ííão sei o que se passou na Associação Comercial.

Portanto, não votei, nem deixei de votar, por ignorar aquilo de que se tratava.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Alfredo Portugal (para explicações):— Sr. Presidente: cheguei também agora ao Senado e foi para mini uma surpresa a discussão que se estava fazendo, assim como a moção apresentada pelo Sr. Júlio Èibeiro, agora posta à votação.