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Viário das Sessões ao

nuínamente portuguesa, não como m decreto foi estabelecido, mas s:.:a como foi formulado pelo Conselho de Adrniaistra-, cão do Porto de. Lisboa, exigindo só que o capital da empresa fOsse pcitugnés.

Com que autoridade se diz no docreío que o Governo se conformou com o parecer do Conselho do Estado Maior do Exército, e se afirma no 15.° consideran-dum do parecer das comissões que a concessão teve o parecer favorável de todas as instâncias consultadas!?

Refere-se depois o parecer à influencia futura sobre a defesa do país. que poderá derivar das alterações a introduzir na rede ferroviária a sul do Tejo, e diz:

«Ora as alterações a introduzir pedem revestir dois aspectos diferentes :

a) Ligações, dentro do nosso país» entre linhas já construídas, e eo. exploração ;

ò) Ligações, dentro do país, das linhas nacionais já construídas Q em exploração com linhas estrangeiras já construídas ou a construir, conduzindo à fronteira.

Quanto à primeira classe de alterações, pode dizer-se, de um modo gnrul, serem convenientes às eperações da defesa; mas o seu traçado não é questão in-diferentBj sob o ponto de vista militar.

No tocante às alterações da segunda categoria, isto é, às que visão, as linhas de penetração, a quostão apresenía-se com uni aspecto mais delicado, como raais tarde veremos.

Os concessionários não se re::erem, em especial, a qualquer ligação da l.a ou da 2.a categoria, mas já o mesmc não sucede com o Conselho Superior de Obras Públicas, que prevê duas ligações cjm o país vizinho:

a) Pek linha de Évora (Casa Branca a Eivas).

ò) Pela liaha do Guadiana (Évora ou Pomarãop.

Depois de frisar, que a linha Zafra--fronteira portuguesa «assumo carácter de grande importância», chame a atonçao para o desenvolvimento da rede ferroviária espanhola nas proximidades da nossa fronteira, que se projecta envolver por completo a uma curtíssima distância,, ao

mesmo tempo que se projecta fazer avan-' çar directamente sobre ela outras linhas que facilmente virão a tornar-se em linhas novas de penetração, e diz:

«Nenhum segredo revestem tais pro-jecios, pois constam claramente das leis de 26 de Março de 1908 e 23 de Fevereiro de 1912.

Na região que mais particularmente nos interessa agora, várias linhas se encontram projectadas, e se. para algumas, poderá encontrar-se fácil justificação em considerações de natureza económica, para outras difícil será encontrá-la; muitos desses camiuhos de ferro são claramente chamados «caminhos de ferro estratégicos», concedendo-lhes garantia de juro, e assim se consideram oficialmente, claro está, os que, independentemente do serviço que prestam a outros interesses gerais, atendem directamente às necessidades da defesa nacional.

O desenvolvimento da rede ferroviária de um país" contribui, sem dúvida, para a sua delosa. Mas presta-se poderosamente a instrumento de agressão, e, quando estiverem construídas as linhas actualmente proje2tadas, que a pouco e pouco têm sido concedidas, não só a Espanha terá uma muito maior liberdade na escolha das suas linhas de invasão á Portugal, como sesrá consideràvelmente reduzido o tempo necessário para. a concentração das suas forças nos locais escolhidos, quer dispondo de mais linhas para os transportes, quer aumentando o rendimento das que forem utilizadas, pela formação de circuitos para evacuação do material vazio.

A linha Zafra-Mourão terá de ser considerada sob estes diversos aspectos. Vem, inais particularmente, constituir uma nova directriz, segundo a qual o inimigo pç dera mover as suas colunas atacantes, e representa mais uma direcção de ataque a que a defesa terá de atender} obrigando-a, portanto, a modificações importantes nos seus planos.