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Diário âat ScssOes do Senado

Há já bastante tempo, Sr. Presidente, que apresentei nesta casa do Parlamento um projecto ie lei extinguindo a repartição de ensino de máquinas e o que rne levou a apresentar esse projecto foram estas considerações. Esse projecto teve o pareeer da comissão de agricultura de então, mas, vindo à consideração do Senado, o Senado entendeu que não o devia discutir, porque tinha aparecido uma lei qoe autorizava o Governo a fazer a reorganização dos respectivos serviços, e nossa ocasião, disse-se, seria considerado* por ser a melhor oportunidade, este projecto.

Essa reorganização de serviços nunea apareceu, será porventura agora feita pelo Sr. Ministro da Agricultura!

Tomo a liberdade de chamar a atenção de V. Ex.a para este assunto, para V. Ex.a ponderar o que é preíerível: se este vai-vem de máquinas através de todo o país, com todo o pessoal que, tea-do vantagem em andar nestes passeios e receber ajudas de custa, tem,também vantagem de não instruir ninguém, para cae conservem o monopólio da sua.sabedoria, para serem indispensáveis, para andarem sempre atrás de máquinas, ou se seria melhor que todos os maquinismos fôs-sem distribuídos pelas diversas entidades que esíão espalhadas por todo o país.

Fazer essa distribuição regularmente e nas regiões em que as máquinas podem prestar serviços e pôr ao lado delas funcionários que também devem estar concentrados não no Terreiro do Paço, no Terreiro do Paço moderníssimo, que é a estação agrária de Belém, mas espalhados por todo o país para prestar aos lavradores e aos sindicatos agrícolas aqueles esclarecimentos que lhes podem utilmente prestar.

Quando apresentei esse projecto de lei houve um verdadeiro alarme. Fuiimedia-datarnente procurado aqui nos corredores do Senado por funcionários que andam nessa missão, para me pedirem que não, insistisse naquele projecto, porque ele era desvantajoso para a Nação. Unia das razões que um deles me apresentou foi esta: ainda há dois dias cheguei a Mon-talegre onde fui trabalhar cem um tra-tor.

Sabem V. Ex.as que Monlalegre fica no extremo norte de Trás-os-Montes, aonde se não vai com facilidade e onde os

próprios couceiristas tiveram dificuldade em fazer o trajecto em conseguir o seu objectivo. Respondi-lhe que justamente essa razão era um fundamento do meu projecto.

Vem uma opinião que eu respeito, limitando-me apenas a chamar a atenção do Sr. Ministro da Agricultura para este fado.

Trata-se dum sub-secretariado, que em tempos existiu, que se transformou* mais tarde naquele célebre Ministério dos Abastecimentos, célebre mas de triste memória. Não vá esse sub-secretariado ser uma nova edição e aumentada, mas deminuída e prejudicada.

Se o Sr. Ministro da Agricultura tem muito amor por esse sub-secretariado, S. Ex.a fará o que entender dever fazer p ar a que ele seja .uma realidade.

Por mim, devo declarar, e desde já, que será recebido, não por um adversário, mas por uma pessoa que fica muito pouco confiante nos resultados benéficos dessa nova instituição.

Os meus mais sinceros aplausos pelas disposições em que o Sr. Ministro está de dar aos serviços medico veterinários toda a assistência possível.

A riqueza agrícola divide-se em dois ramos: produção animal e produção vegetal, ambas integradas na agricultura.

Os animais são necessários à exploração agrícola pelo trabalho, pelos estrumes que produzem e porque tem meios de transformar a relva em carne, leite, lã, ovos e outros produtos de que nos alimentamos.

Constituem um ramo importante da agricultura, tam importante como o ve: getal.

Se recebo por consequência, com o maior carinho, tudo quanto tenda a melhorar as condições agrícolas do nosso País, não posso deixar também de receber com carinho tudo quanto seja decretado em benefício da saúde dos animais.

^N'ão posso ainda deixar de manifestar a minha mais alta simpatia pela classe que anda ligada à classe agronómica, classe veterinária, cuja função é manter ou dar a saúde aos animais por processos preventivos ou medicamentosos.