O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

7

tacão de azeite em Moçambique, é absolutamente proibida. Há uma Comissão de Subsistôncias, de que é Presidente o Di-rsctõr da Alfândega.

Até posso contaf a S. Ex.a uns casos passados comigo para ver como é essa proibição.

Estando uma vez em Ganda, quis adquirir uma certa porção de azeite; corri todas as lojas, e por fim informaram-me que na farmácia talvez encontrasse.

Outra vez tive muito empenho em satisfazer o cônsul francês que me pediu em nome do capitão de um navio da sua nacionalidade que precisava duma certa quantidade de azeite para fazer as suas frituras, mas tive grande dificuldade em .arranjar dois Ou três litros de azeite.

Em todo o caso concordo que a exportação para as colónias deve ser apenas o que baste para o seu consumo.

Ao ilustre Senador Sr. Serra e Moura, agradeço as suas palavras acerca da minha bondade que é compreensível porque sou velho, sou avô, sou colono e sou reformado.

E por ser reformado também tenho recebido muitas vezes o meu vencimento atrasado, como recebem todos os funcionários das colónias.

Apesar de atrasado vão recebendo sempre.

Os funcionários de Moçambique têm dois meses de atraso; Angola está com dois meses também, mas eu já arranjei dinheiro para pagar um mAs aos menos graduados, e assim se vai indo com dificuldade até pôr tudo em dia.

S. "Ex.* que é mais forte e enérgico do que eu, porque é mais novo, mas não é tão interessado como eu sou, porque sou reformado, arranje um meio para se poderem satisfazer esses compromissos, visto que, nem eu, nem os meus antecessores ainda o conseguimos.

A questão resolviá-se por meio de um suplemento que a Metrópole faria às Colónias.

Já apresentei na Câmara dês Deputados um- projecto de lei para acabar com essas dívidas.

Faça S. Ex=a com que a Câmara dos Deputados me vote esse suplemento, e votem no V. Ex.as aqui no Senado que serão satisfeitos os seus desejos.

Assim como está não .posso fazer mais

porque não tenho dinheiro e as colónias não o mandam.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Serra e Moura: — Só o que quero dizer ó isto: muito obrigado a S. Ex.a.

O Sr. Aragão e Brito: — Sr. Presidente: na última sessão, o ilustre Senador Sr. Ribeiro de Melo no antes-de encerrar á sessão, abordou aqui o assunto relativo a uma operação feita pela Caixa Geral dó Depósitos, assunto que deu lugar a uma interpelação de S. Ex.a ao Sr. Ministío das Finanças.

O Sr, Ministro respondendo-julgou ter satisfeito todo o Senado.

Pela minha parte não me dou por satisfeito com as considerações que S. Ex.a aqui fez, e por isso venho importunar S. Ex.a, a quem apresento os meus cumprimentos por o ver nesse lugar.

Acerca da operação da Caixa Geral de Depósitos, sem fantasiar, eu posso apeúas servir-me das duas operações elementares de aritmética, soma e subtração, para dizer que não compreendo como é que a Caixa Geral de Depósitos,, na posse de um segredo, vem ao mercado comprar títulos de dívida externa, sabendo de antemão que esses títulos comprados nessas circunstâncias não tinham os juros reduzidos, e como ó.que o Estado, que tem de pagar esses juros ouro agora, em vez de pagar os juros com redução, não ^é lesado.

Não entro na questão de que esses'títulos foram bem comprados ou não, mas o que tenho a certeza é de que eles adquiridos como foram causaram prejuízos ao Estado.

Se S. Ex.a me vier- dizer que os comprou para o Estado, também considero ama operação ruinosa, ptíis que o Estado pela letra do decreto está' sempre apto a comprar esses títulos e a fazê-los câriin-bar. Além de que parece que o interesse do Estado era comprar esses títulos só depois de publicado o decreto que causasse a sua baixa.

Com pesar meu, não tenho um único título de dívida, por consequência não estou magoado directamente.