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Díário âas SessÔe» do Senaâo

pessoa qce- tenha interesses nas colónias sobre a sua jurisdição ;

Considerando que o Sr. Eêgo Chaves tem Interesses na Sociedade Agrícola e Industrial de Angola, Limitada, conforme consta da sua carta de 18 de Julho ultime dirigida £.© Mundo e que, portento, não pode ser Alto Comissário de Angola, convida o Sr. Ministro das Colónias a fazer uma outra proposta com outro noine qiie possa exercer aquele cargo* © dar come sem efeito a eleição efectuada,

Teniio dito, Sr. Presidente.

O orador não reviu.

foi lida,3 admitida e posta à discussão a moção do Sr. Querubim Guimarães*

O Sr, Siiua Barreto: — Sr. Presidente: se não fossem as palavras de V» Ex.a. considerando inconstitucional a eleição do íSr. Rege Chaves para Alto Comissário de Angola, eu não teria pedido à palavra.

Devo declarar a V. Ex.* que se eu tivesse Lido a carta do Sr. E<_3go que='que' a='a' no='no' voto='voto' embora='embora' mundo='mundo' publicada='publicada' outra='outra' esse='esse' o='o' p='p' ssere-to='ssere-to' minha='minha' declaro='declaro' seria='seria' seja='seja' quanto='quanto' orientação='orientação' chaves='chaves'>

Não é que eu queira, Sr. Presid:n:c, com este meu modo de proceder ou CODI esta indicação, lançar qualquer suspeita sobre o Alio Comissário de Angolr., que o é, visto que a eleição está feita: ni as tenho notado há tempo a esta parte uni tal desconcerto, uma tal desunião entre o Poder Executivo e o Parlamento, que •eu mais de ama vez tenho dito para inim que desses desconcertos resultam pequenos nadas, que se avolumam como uma bola de neve e que produzem qaestões de alta moralidade,

Te^ho esperança de que não será necessário que o Senado reconsidare vetai-do essa moção ou qualquer outra de tsor igual, pcrqtie espero que o Alto Comissário não ajeitará o lugar.

Ainda agora, ao Sr. Ministro das Colónias observei que não se tra(:a de interesses morais ou materiais, mas cana questão de alta moralidade.

Nós republicanos não precisamos que a extrema direita nos açlvirta, muiíí.t, vezes com razão, embora sem autoridade, de faltas cie menos correcção na administração páblica; mas eu tenho de ccvír para ver c que há de verdade nessas afirmações.

São os assuntos de moralidade que mais aíicam os regimes e quando estes não os considerem devidamente, então não há realmente sensibilidade que acuda ao regime, por inais democrático que seja.

O Governo, se estivesse mais em contacto, como era seu dever, com a parte da Câmara que o apoia; se eu tivesse tido conhecimento do assunto, teria pedido a. palavra para um negócio urgente antes ' da votação, e tenho a certeza de que outra seria- a resolução tomada.

^Porventura, com estas minhas considerações, quero lançar a mais pequena suspeita sobre o homem escolhido para Alto Comissário?

De modo nenhum.

Mas a mulher de César não deve parece-lo, é necessário que seja honesta, como diria um autor latino. Todos sabemos o qae são negócios de companhias; e nós nesta casa temos feiio mais uma vez a afirmação de que é preciso que os homens públicos se desliguem de interesses de companhias, para que o seu voto seja livra e independente.

Só lamento que o Senado e que o Poder Executivo não marchem, como ó necessário nesta alta crise política da vida portuguesa, com aquela .unidade de vistas, coin aquela união de interesses patrióticos, de forma que do conjunto dos seus esforços resulte uma melhor harmonia para os interesses do País5 da Pátria e da República.

Tenho dito.

O orador não reviu,

O Sr. Roberto Baptista: — Sr. Presidente : estamos diante de um facto que todos nós, republicanos, devemos lamentar.

Historiemos, ainda que resumidamente, como os acontecimentos sucederam.

Há tempos, apareceu publicada no jorna! O Mundo uma carta do tenente-co-rcnel Sr* Eêgo Chaves, explicando os motivos por que entendia que não podia aceitar o alto cargo de Comissário da Ecpública em Angola.