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Diário das Sessões do Senado

têrn com competência para estudar a utilização da península do Montijo.

Para se fazerem os estudos da península não faltam nem pessoas competentes nem recursos financeiros, estudos que, decerto, não são muito caros, porque uma. parte mais custosa, a hidráulica, está feita já.

Disse S. Ex.a que o artigo ostava redigido sob nm ponto de vista demasiadamente restrito. Não me parece. O facto de não se referir a Lagos nem a Setúbal não quere dizer que não esteja bem redigido.

A redacção é do Sr. Rodrigues (raspar, e devo dizer que este projecto é das obras mais felizes .de S. Ex.a Ó Governo tem dentro do projecto tudo quanto carece. E quanto às propostas que surgirem de individualidades particulares para fazer os estudos na área da concessão- futura ou de ligação com Setúbal e Lagos, defenda-se o Sr. Ministro delas.

Mas se estas minhas considerações não valerem, em qualquer altura poderá o Governo vir apresentar uma proposta de concessão a queni quer que entenda.

O orador não reviu.

O Sr. Silva Barreto: — Roqueiro que seja prorrogada a sessão até que seja votada a proposta de lei n.° 809, em discussão, assim como outras consideradas de urgente apreciação, interrompendo V. Ex.a os trabalhos quando o entender.

O Sr. Querubim Guimarães : — Ainda não começámos a discutir esta proposta e já surge um tal requerimento.

Tudo que na Câmara dos Deputados se fez em meses, temos a obrigação de fazer em pouco tempo.

Protesto contra isto.

Não. há maneira de acabar com este processo.

O Sr. Kibeiro de Melo:—Eu também não voto a prorrogação da sessão.

Não a voto para corresponder à coerência do Partido Kepublicano Português, que jamais votou prorrogações de sessão para assuntos de grande importância.

São justas as considerações que fez o Sr. Querubim fruimarães. O Senado, que ó "uma Câmara de revisão e ponderação,

tem sido afastado sistematicamente dessa sua função.

Eu que desejo votar com consciência a proposta apresentada pelo Governo do Sr. Eodrigues Gaspar, que a quere arrancar ao Senado como a arrancou à Câmara dps Deputados, de mistura com as melhorias de vencimentos dos funcionários públicos, dando ao mesmo tempo autorizações diferentes como aquelas que pede o Sr. Ministro do Comércio, para tratar das cousas que estão dependentes do seu Ministério, e uma outra para pagar aos sindicantes dos Transportes Marítimos do Estado, sindicâncias estas que não têm fim, porque os que roubaram os dinheiros do Estado desapareceram, c agora com a arrematação dos navios da frota mercante do Estado, a Companhia Nacional de Navegação arrematou os navios, mas ainda os não pagou, estando ainda o Estado pagando a toda essa equipagem.

Sr. Presidente: corno desejo pronunciar-me, e demoradamente, porque já fiz essa declaração na secção e aproveito também a oportunidade para declarar também que as secções estão funcionando arbitrariamente, porque o regimento do Senado manda que as secções funcionem uma vez por semana.

O Sr. Presidente (interrompendo): — V. Ex.a não está falando sobre o modo de votar; está falando sobre tudo quanto quer e.

Apoiados das esquerdas.

O Orador: — Tenho aproveitado tudo para apresentar as considerações que tenho a fazer a esta obra miserável do Governo, porque não pode com sinceridade o Senado votar as autorizações que pede o Sr. Eodrigues Gaspar, porque elas são ultrajantes para a dignidade da República.

Não posso votar esse requerimento do Sr. Silva Barreto, porque constitui um abafarete.

Por maior que seja a consideração que tenho pelos Srs. Ministros, para honra da República, eu não posso confiar no Governo do Sr. Rodrigues Gaspar para dar essa autorização.