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Diário da& Sessões do Senado

porque não faço parte da secção quo o apreciou. Falo aqui com sinceridade.

Nessa proposta de duodécimos enxertam mil e cem propostas que eu já nem sei a quo se referem.

Esta é que ó a verdade dos factos.

Disso S. Ex.a mais que todos temos cnlpa e que o Governo não tem nenhuma da fornia como decorrem os trabalhos. Também repilo essa afirmação. Não tenho culpa nenhuma de as comissões da outra Câmara não estudarem as cues-tões.

Citou o Sr. Pereira Osório o artigo 107.° do Eegimento, mas ninguém o infringiu mais que S. Ex.a

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Procópio de Freitas : — Fui eu um

dos Senadores que disseram que não tinham conhecimento suficiente desta proposta para a poder discutir conscieneiosa-monte. Disse-o e repito-o.

Estou convencido de que o Sr. Pereira Osório também não tem um conhecimento perfeito da proposta para a poder discutir com consciência.

O Sr. Pereira Osório (interrompendo):— ,

O Orador: — A não ser que V. Ex.a tivesse o cuidado de estudar esta proposta antes do ela ser apresentada ao Senado.

O Sr. Pereira Osório (interrompendo}:— Fale V. Ex.a de si.

O Orador ô — Eu repilo a afirmação feita pelo Sr. Pereira Osório de que nfto acreditava na sinceridade das minhas palavras.

Eu fui tam sincero que cheguei a dizer, apesar de ser um dos Senadores da oposição, que reconhecia a necessidade do o Governo obter a aprovação dos duodécimos para poder viver.

Eu sou incapaz de dizer aquilo que nD.o sinto. Aqueles que me conhecem sabem que sou sempre assim, o em toda a parte em que me encontre.

Eu sei que muitas vezes os políticos njio dizem o que sentem, mas por nimba

parte a política que sigo é a política da verdade.

Não tenho nenhuma responsabilidade no atraso com que esta proposta, duma tam grande importância, vem a esta Câmara.

Quem tem a responsabilidade é a maioria, que está dividida por causa das ambições, e que dá ao Governo am apoio fictício.

O Sr. Pereira Osório, que tem dado apoio ao Governo em nome da maioria, foi ao Porto dizer, num centro democrático, que este Governo era «um Governo de papas de linhaça e de transição para ás esquerdas», segundo vi nos jornais.

Portanto, se o Governo não marcha é única e simplesmente por culpa das maiorias, que lhe dão um-apoio ilusório e fictício, o que está pronto a desfazer-se no primeiro momento.

Não é, portanto, por culpa da minoria que o Governo se encontra numa situação difícil, mas sim por culpa Já maioria, que não lhe dá um apoio real e seguro.

Isto é dito com toda a sinceridade, porque é sempre com sinceridade quo eu sei j ai ar.

O Sr. Querubim Guimarães : — Serenemos todos. Não há necessidade de noa zangarmos. Isto é pecha velha da República.

Todes os anos se levanta esta tempestade nesta altura, e por causa do propostas semelhantes.

Todos os anos a tempestade aparece.

Não há maneira, e tenho-o verificado desde qne exerço bste cargo tam difícil, de se mudar de processos.

Eu próprio me confesso inabilitado para entrar na discussão de certos assuntos de magna importância, como aquele que hoje está pendente da discussão, visto que nos não ó concedido aquele tempo absolutamente necessário para estudarmos os assuntos que são submetidos à nossa apreciação, mormente tratando-se dum assunto tam grave e tam complicado como este.

Não há, pois, necessidade nem vantagem de nos zangarmos. Para quê'? j Se isto há-de morrer assim !