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Sessão de 19 e 20 dê Agosto de 1924

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• Disso isto há pouco, ò repito-o, lamentando mais uma vez não ter tido o tempo necessário para analisar essa proposta.

• Mas eu julgo quo isto é insuficiência minha, e-é claro quo o Senado não podo estar sujeito à insuficiência dum dos seus membros, o por sinal dos mais humildes.

Não apoiados.

Mas eu espero, no -emtanto, que o Sr. Pereira Osório, que conhece todos os assuntos do que trata esta proposta, esclareça convenientemente a Câmara todas as vezes que for preciso. . Eu julgava que nem as próprias quarenta e oito horas que o Regimento nos concede pára podermos examinar os assuntos quo são submetidos à nossa apreciação seriam suficientes para compulsarmos a vasta legislação que ó citada nesta proposta.

Mas vejo quo não sucede assim, pois que,- depois das palavras do Sr. Pereira Osório, eu verifico que, mesmo sem o. tempo necessário, S. Ex.a está perfeitamente conhecedor do assunto. Devo, portanto, atribuir à minha insuficiência mental o não estar também conhecedor do assunto.

Lenho, portanto, de reconhecer que não posso ter pretensões do subir tam alto como os outros. Sou unT querubim sem asas. ..

Risos.

Felizmente para mim o para todos aqueles que não têm asas para voar até às altas regiões, existe quem nos pode dar todos os esclarecimentos o tirar todas as dúvidas que nós tenhamos. Portanto, espero que essas pessoas nos elucidem com os seus conhecimentos especiais.

Quanto às rosponsabilidádés. acerca da atitude dos meus correligionário* na outra Câmara, eu agradeço imenso o elogio tam sincero e tam leal que lhe fez o Sr. Peieira Osório.

Não pensaria nunca que S. Ex.a, sendo um tam intransigente adversário dos monárquicos, fosse capaz de vir a esta Câmara fazer assim tam rasgados elogios desses parlamentares meus correligionários na outra Câmara.

Duas pessoas apenas conseguiram, diz S. Ex.a, prender a discussão na Câmara dos Deputados e evitar que se votassem os orçamentos e tantas outras propostas que foram apresentadas.

Nunca seria capaz de supor que fosse tanta a actividade e tanta a competência de dois ou três membros da outra Câmara. Mas isto foi afirmado aqui por voz autorizada, e, portanto, eu agradeço, reconhecido, o elogio que S. Ex.a fez a esses dois ilustres parlamentares meus correligionários.

Se o Sr. Pereira Osório quiser consultar um pouco a sua consciência talvez quo tenha do atribuir ao partido que S. Ex.a aqui representa a maior parte .das respon-sabilidades de todo este atraso «dos trabalhos parlamentares na outra Câmara.

Eu reconheço queosSrs. Ministros não têm culpa de se encontrarem no final duma sessão legislativa presos duma discussão tam importante, mas sem dúvida nenhuma que a responsabilidade e as culpas pertencem àquele partido que constitui a maioria e que é a base de acção do Poder Executivo.

Se porventura a atitude da maioria na outra Câmara fosse de maneira diferente daquela que seguiu até agora, certamente que os meus correligionários, e então não mereceriam os elogios que lhes fez o sr. Pereira Osório, não seriam capazes de, com a sua voz apenas, impedirem a aprovação das propostas do que o Governo carecesse.

O Sr. Costa Júnior (interrompendo)'.— Está V. Ex.a enganado. Eu sozinho não deixer votar, quando era Deputado,, vários projectos na -outra Câmara. E era eu apenas.

Já vê V. Ex.a

O Orador:—É porque V. Ex.atem qualidades de excepção. Felicito-o pôr isso.

Feitas estas considerações eu vou terminar, e não levarei mais tempo a explicar as minhas palavras de há pouco, mas o que sinto ó que não estivessem presentes os Srs. Ministros, falta que me parece tenho o direito de salientar.