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iSessão de 14 de Novembro de 1924

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Creio que, sobre este ponto, já respondi cabalmente às preguntas que S. Ex.a ine fez.

Falta só dizer-lhe quê, tendo chegado ao meu conhecimento estes factos,- não curei de saber se o Ministério dos Negócios Estrangeiros porventura já teria tido conhecimento de factos que devessem determinar, qualquer procedimento.

Com respeito à Embaixada de Londres sinto que o Sr. Querubim Guimarães trouxesse à Câmara este assunto nesta oportunidade.

O nosso Embaixador em Londres exerce actualmente as suas funções numa atmosfera de prestígio e de simpatia.

Este Governo encontrou uma situação criada, como V. Ex.a teve ocasião de lembrar nas palavras que foram proferidas pelo Sr. Presidente do Ministério.

O Sr. Norton de Matos tem inteligência, conhecimentos e actividade bastante para desempenhar cabalmente o seu lugar, e até agora não tem o Governo motivo para, por qualquer forma, estar desgostoso ou na suspeição de que a sua missão não possa ser cabal e integralmente desempenhada.

Se, porventura, factos extraordinários surgissem que devessem levar o Governo, fosse ele qual fosse, a tomar qualquer deliberação, estou certo de que nenhum Governo da República hesitaria em a tomar, para prestígio do regime, do Poder e da nossa situação cá dentro e lá. fora.

Referiu-se S. Ex.a a essa atoarda, como lhe chama, e muito bem, que apareceu no -YA" Siècle.

• Não há nada que justifique um balão de ensaio, como S. Ex.a disse, dessa natureza e ordens terminantes foram dadas à Legação de Bruxelas para que imediatamente desfizesse a má impressão que, porventura, pudesse ter causado essa atoarda.

Sr. Presidente; se, como eu disse há. pouco, não tivesse de sair urgentemente daqui visto que devia estar às 16 horas e meia em Belém, talvez me alongasse um pouco mais para responder às considerações de outra ordem que foram produzidas pelo ilustre Senador Sr. Querubim Guimarães.

Quero, entretanto, dizer ainda que, pelo qae se refere à delimitação do Sul de An-

gola, é um- assunto que de facto precisa de ser arrumado.

E efectivamente necessário- nomear uma comissão de delegados portugueses. que, juntamente com outra de outro lado, se devam entender para chegar a uma solução.

S. Ex.a compreende que essa solução é trazida ao Parlamento e este terá ocasião de apreciar e decidir em última instância.

Pode.' portanto, S. Ex.a e o País estar descansado que todas as cautelas seriam tomadas nesta emergência como em tantas outras em que a República saberá defender não só o prestígio, mas a integridade moral e material da nação.

Parece-me, portanto, ter respondido, embora em estilo telegráfico, às considerações do ilustre Senador Sr, Querubim (J uLnarães.

Tenho dito.

O orador não reviu,

O Sr. Procópio de Freitas: — Sr. Presidente: as palavras que vou pronunciar não devem de maneira nenhuma ser atribuídas a um correligionário que pretende defender outro, visto que o Sr. Veiga Simões se encontra actualmente mesmo na situação de afastado do partido a que pertenço, mas sim unicamente uma pessoa quo doseja que seja feita justiça e que deseja esclarecer o seu espirito, pois eu, Sr. Presidente, mesmo que fosse o meu maior amigo, desde que delinqilíu, sou o primeiro a pedir que seja punido; e quanto mais elevada esteja a pessoa, maior deve ser a punição. ,

Desejo apenas preguntar deste lugari primeiro, se quando no Ministério dos- Negócios Estrangeiros tiveram conhecimento dessas acusações que foram, feitas ao Sr. Veiga Simões, se estas foram comunicadas a S. Ex.a para ele se poder defender; segundo, se o Sr. Veiga Simões pretendeu vir a Lisboa defender-se das acusa-.ções que lhe foram feitas.

Tenho dito.

O orador não reviu.