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Diário das Sessões do Senado

Tenho- aqui a nota de muitos pedidos de interpelação que fiz e a que aunca mo responder a m.

j Sobre a aviação comercial fiz um em 21 de Julho de 1923, renovei-o a 20 de Novembro, depois a 30 de Marco de 1924, renovei-o eo Maio e ainda estou esperando qus me respondam!

Felizmente vejo aqui na declaraçãD ministerial ô&se assunto apontado. Que ele seja resolvido é o que eu mais desejo, mas-deve-se trabalhar.com muito cuidada, por quo ó um dos casos mais graves de ordem internacional e para a própria ds-fesa do aosso território, não se pode olhar de alio para ele, é necessárie analisá-lo m ate màti j ame nte.

Eu qx? tenho estudado muito ôsto assunto, lembro a V. Ex.a!> o seguinte: é que os dai&iers quo estão nos Ministérios talvez não estejam completos, motivo esse que levava os Ministros a não se darem por habilitados a responder-me, e eu tenho trabdhos aturados sobre tal assunto, trabalhos esses que não foram feitos com a idea especulativa ou de interesse— como toda a gente sabe — mas única e simplesmente com a idea construtha de trabalhar pela Pátria, e tais trabalhos ponho-os à disposição do Govêrao. ' Sr. Presidente: &é grande ou pequena a declaração Ministerial? Não o averiguo, sei simplesmente que representa uma vontade, vontade que tem muitos pontos do contacto com a minha,.

Por mio foram apresentados a V. Ex.a vários problemas; pode o Governo dizer nítida, vincadamente, aquilo que sobre eles desejo fazer, tanto mais que se apresenta, repito., com uni chefe desempoeirada- de ideas, sec: preconceitos.

Peço que olhem principalmente para este problema:—.amparo constante aos desprotegidos, amparo constante aos humildes, Iquples que não têm advogado certo para defender os seus interesses, que na miséria muitas vezes sofrem o não poderem exteriorizar em palavras o que lhe vai na alma de angústia e de dor, situações em que se encontram muitos desprotegidos da fortuna e que se podem tornar vulcões de desespero.

Os humildes devem ser amparados, devem ser olhados nas oficinas com carinho, deve-se-llies dar, não só pão pura comer, mas também pão de espírito, e liberdade,

considerados como verdadeiros cidadãos duma instituição republicana. Transformar um operário num homem grande, sólido, varonil, numa máquina potente para mostrar os seus músculos no exercício da sua profissão.

E transforme-se esse operário em um homem válido, culto e com noções de higiene, o quando esse operário for assim não há perigo de revoluções, nem haverá extremas direitas, nem extremas esquerdas, haverá simplesmente portugueses.

O Sr. Presidente do Ministério trabalhe assim e conta com o meu voto. Doutro modo conta com a minha oposição.

O orador não reviu,

O Sr. Roberto Baptista: — Sr. Presidente: u minha situação nesla Câmara, de independente de qualquer partido ou agrupamento político e somente republicano, obriga-me a entrar neste debate para definir a rainha atitude perante o novo Governo.

Vou defini-la resumidamente, para não prolongar o debate; mas vou iazê-lo com clareza, porque não costumo empregar subtilezas de linguagem, ou flores de retórica para dissimular o meu pensamento,, e também por que ria hora difícil que passa, na grave crise essencialmente moral que assola o nosso País, todos os homens que se sentam nestas cadeiras tem de falar claro, devendo nortear a sua acção-e orientar o seu procedimento pelo culto rél.gioso da Verdade.

Is ao entro na apreciação, dos motivos que originaram a queda do Gabinete pré- . sidido pelo Sr. Rodrigues Gaspar.

A este ilustre homem público e aos seus colaboradores, limito-me a enviar-lhes as minhas saudações, acentuando estar plenamente convencido de que S. Ex.as empregaram todos os esforços para servirem bem e pátrio ticamente a República e a NaçLo.