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Diário das Sessões do Senado

República, liomens que tudo querem sacrificar a esses destinos, homens enr.im do seu tenrpo.

Uns são novos republicanos e outros velhos, (jllas que importa isso S3 são todos iguais nessa fé, nesse patriotismo, e nesse s£.cri:';cio que depõem no r.ltar da República?

Em V. Ex.£, Sr. Presidente co Ministério, eu SLÚdo todo o Governo.

Terminando.- mando para a Mesa a minha moção.

Foi admitida.

O orador não reviu.

- O Sr. Af:nso de Lemos (para 3xpUz'.i-coes):—Pencas palavras.

Já ontem podia ter usado da palavra para explicações, a fim de me referir a algumas considerações feitas pelo meu querido «inimigo» Sr. Herculano Galhardo. • Não o quis porém fazer, e ainda hcje mesmo não o teria feito, isto com o fim de não estar a intercalar num debate político as SUE te s que mais pertencem a conversas amenas de partidos, ou a qualquer discussão no Senado antes da ordem do dia.

Mas visto crie já está terminada a inscrição dos oradores que queriam apreciar a declaração ministerial, entendi ^ue melhor seria pedir já a palavra fará dar umas pequenas explicações, isto para não estar depois a falar em seguida Í resposta que naturalmente o Sr. Presidente do Ministério vai dar aos diferentes orac.o-res que se prDnunciaram acerca do novo Governo.

Não vou gastar muito tempo, pois simplesmente quero levantar, com toda a lealdade e com toda a justiça, a afirmação feita pelo Sr. Herculano Galhardo de que eu, quer pessoalmente, quer em nome do Partido qn? tenho a honra de representar, pretendia com as minhas palavras ontem, ou em qualquer ocasião, depreciar o Partido Republicano Democrático e eu ihamo-lhe assim já desde longa data porque «particcs republicanos» somos todos nós que combatemos pela República.

Ora o Sr. Herculano Galhardo deve fazer ao Partido Nacionalista a ;ustiça de" acreditar ouo não são esses os ^roces-sos que 6le costuma usar para fazer pclíti.2a0

O Partido Nacionalista procure, é certo desenvolver-se mas por processos leais.

atacando, por assim dizer, de luva branca e nunca descendo a injúrias..

Injuriados têm sido, sim, pelo Partido Democrático os outros Partidos da República, desde longa data.

Em lembro-me que, quando'se quis, a seguir à implantação da República, constituir o partido «Unionista» e o partido «Evolucionista» eu lembro-me repito que fomos fortemente injuriados pelo Partido Democrático.

Eu tenho no coração a maior mágoa que pode "er um velho republicano, é que houvo quem dissesse o seguinte: «quê são traidores todos aqueles que não fizerem parte do Partido Republicano Portu-gnos».

Sr. Presidente: parece-me que ainda tenho nos ouvidos os tiros dados no Largo da Luta para o edifício onde está instalado o jornal A Luta, era que numa noite, estando eu com o velho republicano Sr. Jacinto Nunes a ler os jornais na redacção de A Luta, ficámos surpreendidos com semelhante atentado em que os tetos dalgumas casas ficaram furados pelas balas, alguns dos quais ainda lá estão para memória.

O Sr. Herculano Galhardo (aparte}: — Não me lembro disso.

O Orador:—A minha argumentação é qu.e os processos usados, pelo Partido Nacionalista não eram êss€>s.

O Sr. Herculano Galhardo (aparte): — V. Ex.a está-se dirigindo à minha pessoa, quando se deve dirigir ao Sr. Cata-nho de Meneses, ilustre leader do meu" Partido que ainda ontem concretizou as injúrias feitas num almoço pelo Sr. Cunha Leal ao Partido Democrático.

O Orador: — Eu respondi ao Sr. Cata-nho de Maneses que tratava-se dum banquete dado pelos amigos do Sr. Cunha Leal, onde eu não estive, o que não quere dizer que não seja amigo de S. Ex.a

O Sr. Cunha Leal assume a responsabilidade por aquela forma que ele sabe defender e sabe sustentar.

Portanto não é o Partido Nacionalista responsável pelas suas palavras.