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Cessão dê 21 de Janeiro de 1920

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A presença de S.- Ex.a nesta Câmara é-nos sumamente agradável porque S. Ex.a é possuidor duma primorosa educação, e o só temos que nos louvar pelo sua presença; mas como o Sr. Pedro Costa, infelizmente, não pode responder pelas diferentes pastas, não posso deixar de protestar contra este sistema seguido pelo Governo, do dizer ao Sr. Ministro da Justiça: «faz favor de ir ao Senado e aturo lá aqueles massadores». Ora nós, Sr. Presidente, ó que não estamos dispostos a aturar esta situação,

Se o Sr. Presidente do Ministério e os

seus colegas do Governo não estão resolvidos a comparecer nesta Câmara, nós estamos dispostos a fazer-lhe sentir que não toleramos esta atropelo dos nossos direitos. Tenho dito.

O Sr. Presidente': — A próxima sessão é na sexta-feira, à hora regimental, sendo a ordem do dia o projecto de lei n.° 798.

Está encerrada a sessão, Eram-16 horas e 32 minutou.

O REDACTOR—Albano da Cunha*

Discurso proferido oa sessão ii.° 5, em II e i2 de Dezembro de 1924, e agora intejjfolmeiite pubUd

O Sr. Querubim Guimarães: — Sr. Pré* sidento: a hora' vai adiantada e eu não quero de modo nenhum prolongar e dilatar esto debate político. Sobretudo depois de ter usado da palavra por este lado da Câmara o ilustre leader Q meu pre'.ado amigo Sr. D. Tomás deVilhena, escusado seria pronunciar-me de qualquer modo a respeito da declaração ministerial e apresentação do Governo.

Mas há deveres de tal ordem e de tal maneira gratos ao meu coração que me inibem de ficar silencioso ao apresentar--se o Governo, fazendo parte dele um velho amigo meu e querido • condiscípulo, o Sr. João de Deus Ramos.

Essa circunstância, sobretudo, é que me demoveu do propósito em que estava de não usar da palavra. Tal encargo ti-nho ficado, e muito bem, do Sr. D. Tomás de Vilheua, nosso leader e pessoa que todo este lado da Câmara respeita e admira, pelo seu brio, pelo seu carácter, pela sua inteligência, predicados que aliás todo o Senado lhe reconhece. Também é certo, que algumas das considerações que aqui foram produzidas pelo ilustre Senador democrático, o Sr. Herculano Galhardo, me levam a usar da palavra, embora reduzindo o mais possível o que tinha a dizer.

Além disso, desejaria também que o

Sr. Presidente do Ministério respondesse concretamente e precisamente a algumas preguntas sobre pontos que sobremaneira interessam e que eu não vejo bem definidas na brilhantíssima... declaração ministerial, que já aqui foi considerada, ainda que com uma pontinha de ironia, uma verdadeira peça literária, pelo nosso ilustre colega Sr j Ferraz Chaves. Peça literária não sei se será, e não admira que o soja se atentarmos em que faz parte do Governo o poeta João de Barros...

O que ela é, sem dúvida nenhuma, é uma verdadeira peça pregada ao Pais pelo Sr. José Domingues. Muita parra e pouca uva. Muitas palavras, muitas promessas, mas muito poucas afirmações concretas e de possível realização imediata.

Sr. Presidente: anjtes porém de principiar a fazer as minhas considerações desejo apresentar ao Sr. João de Deus Ra-mos os meus cumprimentos, que não traduzem de maneira nenhuma uma felicitação pelo. encargo que tomou, mas que significam, sem dúvida, uma afirmação de muita estima e da muita, consideração o apreço em que tenho o seu espírito o o seu carácter.