O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

fíe 3 de Abril fie W2Ô

Jl

vemos, entre a espada e a parede, tal como parece que vai ser posta a questão por exigência do Poder Executivo, acudir imediatamente à província de Angola, e a exigência da nossa consciência de parlam ntares de modo nonhum querendo desprezar aquela província, o que seria impróprio do sentimento de qualquer dos Srs. parlamentares que se sentam nesta casa do Parlamento, sem querer de maneira nenhuma deminuir o nosso dever e o nosso carinho para com uma província como aquela, mas não esquecendo a nossa situação triste, as dificuldades em q UM vivemos, o que é necessário fazer em Portugal, ainda, Sr. Presidente, sem esquecermos também que devemos ao realúar qualquer operação ou encargo, em primeiro luirar dar um balanço seguro e perfeito às possibilidades da província e às nossas próprias,. de, maneira a ver a melhor maneira do realizar esta proposta com o mínimo de agrava-" mento para a província e de gravame para nós próprios.

Sr. Presidente: a situação é delicada,e o Sr. Mini-tro das Colónias pretende com brevidade o caso resolvido.

Dentro em pouco tempo vai certamente dizer nos que deseja que não estudemos o assunto com o cuidado tjue exige esta proposta de lei, que não introduza mós emendas, porque isso trazia complicações de tal ordem, e.m virtude da proposta ter do voltar à Camará dos Deputados, que podiam ser muito prejudiciais à colónia e aos nossos próprios interesses perante eJa. 9

Delicada, e muito é a situação.

E bem para ponderar o que devemos fazer, se devemos sacrificar o nosso dever de parlamentares a esse sentimento sincero da parte do Governo, on se devemos olhar para o futuro, principalmente para o futuro, e se melhor será nós sacrificarmos esse sentimento à? momento, àquilo que nos parece ser o molhor, quo é o exame detalhado e reflectido da proposta.

Sr. Presidente: a cada passo surgem nesta Câmara propostas de grande «rravi-dade como esta, e a cada passo, também, Sr. Presidente, nós vemos os titulares das diversas pastas pedirem-nos para resolvermos em breves minutos, como se porventura esta Câmara tivesse responsabi-

lidade on culpa da morosidade com quet decorrem os trabalhos na outra Câmara, como se porventura nós não tivéssemos iguais direitos que a Câmara dos Deputados, para .podermos analisar com segurança aquelas propostas do .tomo destas.

Já aqui, nesta casa do Parlamento, tenho dito variadíssimas vezes que me repugna trabalhar desta maneira.

Não estou aqui. neste lugar, como membro duma m-noria quo é dn ataque ao Governo e às instituições unicamente polo prazer doentio de fazer política e só política, e de atacar os governos, unicamente porque sou contrário às instituições.

Esse ponto de vista, não me esqueço dele, mas não abstraio da obrigação que t^nho, como português de colaborar em todas as obras quo sejam de utilidade para o país.

° Mas, para isso, exijo que me sejam dados, o tempo e os elnmentos de que carece o meu espírito para analisar uma proposta da importância destas, e para resolver sem abalo da minha consciência e som mais .tarde me arrepender de, pretendendo correr em socorro duma colónia ter embaraçado a situação do meu país.

E absolutamente lamentável tudo isto que se pnssa.

É uma prática funesta, a de apresentar um caso grave como esto, como de urgência imediata, como flacrrante do solução rápida, e que-se não for resolvido, . pode lovar à antipatia da própria colónia, à revolta d^ssa oolóira e a tantas outras cousas, muito complicadas que, por Deus se não hão-dn dar.

E uma prática funesta contra a qual protesto, porque estão em jogo altos, interesses do país.

Era preciso que no Ministério das Co-IfVnias existissem Ossos elementos para quo os respectivos titulares da p.ista pudessem fornecer às Câmaras esses elementos.

Eles, porém, não existem, e isso aparte uma moção 'n^uficiontís^ima das respon- ' snbílidades do* homens do Estado, é uma condescendência perante ídolos com pés de barro, q no para prestígio de Portugal, é preciso que noab^rn.