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Seasão de 3 de Abril de 1925

do boa vontade, de socorro permanente e crónico à província de Angola, nós, dentro de pouco tempo, ver-nos hemos na necessidade de discutir uma outra proposta do lei em que o titular da pastei das Colónias há-de vir dizer que carece, tal como agora sucede, da'solução rápida do assunto, porque, sem isso, graves riscos pode correr o país em relação a essa nossa rica província.

Não'há maneira de saber onde se pode chegar.

Havia uma forma prática de fazer com que eu me colocasse nesta questão ao lado ' do Grovêrno da República: era este esclarecer-me com verdado da situação real cm que se encontra Angola.

Então, perante a realidade incontestável dos factos, ésque me renderia à evidência.,

Sr. Presidente: na Câmara dos Deputados, ao discutir-se esta proposta, fizeram--se afirmações — como todas as que são feitas om assuntos desta natureza, que não são unicamente para conhecimento das pessoas que nela íôin os seus lugares mas para o país inteiro — de gravidade.

Houvo um Sr. Deputado que declarou na Câmara que em Angola não se respeitavam as determinações do Poder Central, e tudo isto passa em julgado sem que haja uma sanção para tais abusos.

Quando era Ministro das Colónias o Sr. Carlos de Vasconcelos e apresentou à Câmara aquela proposta das 160:000 libras para Angola, foi instado por alguns parlamentares para declarar qual era a situação em que se encontrava a província.

S. Ex.a, tal como agora sucede, afirmou que não podia dizer nada a tal respeito e, mais ainda, que o Ministério das Colónias em tal assunto era um verdadeiro caos.

Mas então, Sr. Presidente, <_:_ que='que' estado='estado' saber='saber' e='e' o='o' nós='nós' desta='desta' p='p' se='se' concebe-se='concebe-se' província='província' continuemos='continuemos' ordem='ordem' uma-situação='uma-situação' sem='sem' daquela='daquela' mantenha='mantenha'>

Sr. "Presidente: eu bato constantemente neste ponto porque é aquele que mais choca o meu sentimento.

Tenho o maior desejo do que saia absolutamente lavado com o banho, lustral da verdado o Sr.,Norton de Matos; mas-, se tenho esse desejo, tonho-o maior, de que não seja à custa do sacrifício da

verdade, transigências e comodidades que se mantenha a situação de um homem que não devia continuar ocupando essa situação.

Sr. Presidente: uma outra pregunta faço daqui ao Sr. Miuistro das Colónias.

S. Ex.a mostra-se muito receoso em qualquer demora na aprovação desta proposta, de qualquer emenda que seja apresentada nesta Câmara, por virtude da qual tenha de voltar à Câmara dos Deputados, sobretudo nesta época de férias.

Esta pregunta já, a fiz e faço-a agora outra vez deste lado da Câmara.

£ A aprovação desta proposta de lei traz para o Governo a realização imediata de 200:000 contos para acudir à província de Angola?

<_ realizar='realizar' quaisquer='quaisquer' operação='operação' porventura='porventura' p='p' se='se' financeira='financeira' esta='esta' para='para' já='já' estão='estão' negociações='negociações' entabuladas='entabuladas'>

<_ de='de' uma='uma' semanas='semanas' do='do' mais='mais' assunto='assunto' se='se' desse='desse' para='para' convenientemente='convenientemente' das='das' fracasso='fracasso' realização='realização' não='não' modo='modo' dinheiro='dinheiro' a='a' ou='ou' estudar='estudar' duas='duas' conseguir='conseguir' o='o' p='p' resultar='resultar' pode='pode' demora='demora' negociações='negociações' da='da' entabuladas='entabuladas'>

Sr. Presidente: estou absolutamente convencido de que nada a tal respeito existe em curso e de que se hão-de passar meses e meses sem que essas operações se realizem; e nós estamos a discutir de afogadilho uma proposta de lei em virtude de sugestões, aliás simpáticas e sinceras, do Sr. Ministro das Colónias.

Sendo assim, <_ p='p' precipitação='precipitação' com='com' que='que' a='a' lucra='lucra' nossa='nossa' angola='angola'>

Sr. Presidente: costumo encarar as questões com frieza e serenidade. Ninguém tom o diroito de ver nas minhas palavras qualquer má intenção ou desejo de fazer uma especulação -política com um assunto desta gravidade.

Nós, deste lado da Câmara, queremos afirmar ao país o às colónias o desejo que temos de, dentros das nossas possibilidades e sem sacrifícios que não sejam .comportáveis com a nossa situação, lhes acudir.

É um dever que nenhum português com dignidade e brio pode repelir.