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de 3 de Abril de Wl

Ressalvo assim as minhas rosponsabi-lidades, soja qual for a atitudo da Câmara.

O orador não reviu.

O Sr.- Presidente: — Vai ler-se a moção.

O Sr. Ribeiro de Melo : — Roqueiro dispensa da leitura.

É admitida e fica em discussão a moção.

O Sr. Silva Barreto :, — Roqueiro que seja prorrogada a sessão até s r r votada à proposta rm discussão, interrompendo V. Kx.a os trabalhos quando o entender, para depois recomeçarem.

O Sr. Mendes dos Reis : — Dosrjfiva saber só, a aprovar-su ês.s"e requerimento, V. Ex.a procede como tem procedido sempre, isto é, interrompendo às li) horas para continuar à noite.

O Sr. Presidente: — Sim, senhor.

O Pr. Oriol Pena: — Já estava à espera quf> depois do falar o Sr. Querubim Qui-marães viesse daquele lado da Câmara um tal requerimento, x

Acho absolutamente estranha e sem justificação possível esta urgência.

Não a compreendo e ereio qu« nenhum de nós compreenderá que, n uni a sessão que vai em '|iiatro meses e depois de ter havido dois períodos de férias do 20 dias cada um. sob o pretexto, umas do Hm do ano e out as do entrudo, num regime que se diz irr -ligioso, e em que ainda há pouco o Sr. Pereira Osório levantou uma questão por causa de uma festa de igreja, haja necessidade de fazer sessões nocturnas.

A prorrogação nesta altura a isso corresponde para se votar uma proposta do Sr. Ministro das Colónias, que ornem veio pedir à Secção, muito teruameiito, muito comovidamente, e, crio, muito sinceramente, uào se fizessem emendas paia a proposta não ter de voltar à Câmara dos Deputados, e ser assim di-ntro de pouco tempo lei do País!

Foi essa a orientação claramente ma-

nifestada pela Secção, e na mesma intenção continua de-não apresentar emendas.

Eu próprio, pertencei te a uni grupo adverso do regime, mas que me julgo tani português como os mais portugueses, fui o primeiro, na Secção, a declarar que deste lado da Câmara não se apresentaria qualquer eminda, porque não queremos ser acusados de entravar a acção do Estado numa questão do patriotismo.

As considerações brilhantes do meu ilustra colega Sr. Querubim Guimarães mostrarar.i, mais uma vez, pensarem nes-tri lado da Câmara todos como um e um* como todos.

O Sr. Presidente (interrompendo}'.—O Regimento não permite que se discutam os requerimentos.

O Orador: — Julgo estar perfeitamente dentro do assunto.

O que s" pretendo fazer é absolutamente irregular e em contradição com factos conhecidos e públicos. . Mas como V. Ex.a me impede de discutir o caso com a latitude que o meu espírito reqnere, limito-me a protestar porque, não quero desacatar o alto lugar que V. Ex.a ocupa.

O Sr. Presidente: — Não sou eu, é o Regimento que determina que os requerimentos não podem ser discutidos.

O Sr. Procópio de Freitas: — Apenas duas palavras para declarar que dou o meu voto à proposta em discussão porque estou "convencido que, do facto, a situação da província de Angola é de tal modo melindrosa, que necessita o auxilio financeiro da Metrópole.

Mas é necessário também que esse auxílio não vá além das posses da Metrópole.

Se a província de Angola tivesse sido administrada devidamente, por certo que hoje estaria em condições de poder influir poderosamente na situação económica do nosso País. Infelizmente assim não suce-d.n.