O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

22

Diário- âas Sessões ao Senado

tem comecei as minhas palavras na reunião tia l.a Secção," tenho a pedir à Câmara a sua bondade para que soja desculpado o facto de com tanta urgência vir pedir a solução do assuuto que lhe é apresentado.

De facto, comparecer perante o Senado, e pedir com uma grande urgência permitindo que antes do comOço das fonas o Senado deliberasse acerca dum assunto, (lesta importância S'-ria nào um acto een-surável mas certamente um acto lastimável.

Peç<_ à='à' câmara='câmara' por='por' i-s='i-s'>, a sua boa vontade para me desculpar, na certeza de que dôsse fado nenhuma responsabilidade cabe ao Ministro que vem agora, ao Senado, defender esta proposta.

Chamado ao Ministério, entrei imediatamente a trabalhar com a maior tenaeida-de, cora a maior vontade, como me cumpre, para apresentar ao Parlamento a proposta de lei acerca dê?-te assunto.

E no primeiro dia que se seguiu ao final da discussão sobre a apresentação do Governo, nas primeira? hrn-as em que o pude lazer, apresentei esta proposta na Câmara dos Deputados com o pedido da maior urgência. Já vê o Senado que se tem pouco tempo para a discutir é porque o Governo entende que deve providenciar imediatamente sobre a situação de Angola. E não veja o Senado nesta restrição de tempo nem uma desatenção pessoalmente para «s ilustres Senadores, nem para com a instituição de que fa/em parte.

E ditas estas palavras procurarei ser tam rápido como tenho sido até aqui no que me resta dizer ao Senado acerca deste assunto.

O Senado compreendeu bem a urgência que pedi, porque na resolução tomada ontem na Secção e nos três Senadores, que hoje falaram, pude ver a grande vontad-- que todos tfMii de que esta proposta seja transformada em lei.

Cumpre-me faz-T o mesmo e airradecer a boa vontade dos Srs. Senadores na compreensão desta grande urgência, e agradecer também as palavras que por alguém foram proferidas e mui'0 especialmente pelos Srs. Herculano Galhardo e Querubim Guimarães, refrrentes h minha pessoa, que profundamente me calharam..

Como ontem disse na Secçào. esta proposta, eiv.bora na aparência tenha um aspecto meramente financeiro, como o pro-

blema dií Angola é muito complexo, tem um alcance muito maior ainda, tem razões de ordem política paru que se resolva a situação grave, que se acentua dia a dia, embora ela não a vá resolver imediatamente.

Sr. Presidente: não sou, do forma alguma, um deiroti-ta; em toda a minha vida tenho demonstrado, pelas ideas e pelas íirçiVs, que aspiro sempre no caminho da íVlicidad" para a minha Pátria e não emudeço, nem sucumbo perante perigos, ou p ora i. te sombras; tenho, porém, obrigação de dizer no Parlamento, onde tenho voz, que se providências urgentes nau forem tomadas os perigos para Portugal j;odeni ser incomensuràvelmento maiores.

Obedeço a di as grandes forças do meu íntimo n«-ste momento : ao de>ejo de salvaguardar, perante a l 'a r a- a minha responsabilidade pessoal, visto que ocupo este lugar, o ao desejo de orientar pelo melhor cami.iho os destinos do meu país.

liospo.idendo concre ameiite a alguns pontos cias observações dos ilustres Senadores que se ocuparam do assunto, direi em primeiro lugar, respondendo às preguntas formulá-las 'pelo Sr. Querubim Guimarães, as (piais ontem não pude responder, }>or não vir acompanhado dos ne-cessa rins documentos para a Secção, porque precipitadamente me tive de pôr a caminho do Parlamento, direi, repi'o, a S. E\.a.que a autofi/ação concedida pelo Poder Legislativo à província de Angola foi utilizada, muito aproximadamente, nos termos que ontem refi ri, por empréstimos contraídos em moedas diferentes.

Nào posso dizer com exactidão se a parte utilizada da autorização é de24:000 ou 2.r):00:) contos, mas devo elevar-se a 20:000 contos.