O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

Diário das Sessões do Senado

O Sr. Ministro das Colónias (Correia ia Silva):—Pedi a palavra para mandar para a Mesa uma proposta indignando ao Senado^para c cargo do Governador Geral da índia o capitão-tenente da administração naval Sr. Mariano Martins.

É lido na Lies a.

É do teor seguiriie:

Nos termos do artigo 25.° da Constituição Polítict: da República Portuguesa, tenho a honra de propor para Alto Comissário díi província de Angela o 'tenente coronel de engenharia, Francisco da Cunha Eêgo Chaves.

Sala das Sessões do Senado. 24 de Abril de 1925.—O Ministro das Oclónk1 s, Nuno Correia da Silva.

O Sr. Ribeiro de Melo : — Sr. Presidente : pedi a palavra a fim de chamo' a atenção do Sr. Ministro do Comércio para o seguinte:

Sabe S. Ex.a que o porto de Lisboa, é um dos mais procurados pela navegarão mundial, e que é, mesmo, um porto forçado nas carreiras holandesas, inglesas e francesas para a América do Sul.

Sabe S. Ex.a também que desde o ponto de partida até seu termo, só em Portugal, havendo cais, é que os navios não abordam.

Sabe S. Sx.a, certamente, quanto representa para o. comércio em geral o desembarque de passageiros e sabe igualmente as dificuldades que resultam para os passageiros do facto de um navio ficar ao largo, sem poder atracar, pois embora nós tenhamos um porto magnífico com cais acoslavei?, devido, naturalmente; ao exagero das taxas de acostagem os navios não acostam.

Chamo a atenção do Sr. Ministro do Comércio para que consiga que a administração do porto de Lisboa se combine com as companhias de navegação, a fim de os navios acostarem e os passageiros poderem desembarcar e passear pela cidade, com o que muito beneficia o comércio em geral.

Em qualquer porto inglês, francês, holandês, etc., nós desembarcamos do navio e estamos imediatamente em terra.

Em Lisboa, os passageiros que queiram desembarcar têm de fazer a travessia para terra em pequenos botes ou va-

pores sujeitos, por vezes á riscos e sofrendo incómodos. „

Isto é uma vergonha.

Na Madeira, por exemplo, que é procurada por todos os turistas, e onde os ingleses fezem a sua estação de inverno, é extremamente difícil o desembarque de passageiros, principalmente no começo da primavera.

O comércio queixa-se bastante deste facto, e eu, fazendo-me eco das suas reclamações, chamo a atenção dos poderes públicos para ver se consegue acabar com tal estado de cousas.

Bem sei que as companhias argumentam com as taxas, que, dizem, são elevadas.

Não as acho elevadas, mas, mesmo que o fossem, o passageiro prefere pagar mais alguns xelins a ter de ficar enjaulado no navio, ou a ter de íazer a travessia com riscos e maçadas em embarcações que pouca comodidade têm.

A administração do porto de Lisboa tem reais vantagens em que os navios acostem, e o comércio de Lisboa lucrará imenso.

Desejo também chamar a atenção do Sr. Ministro do Comércio para a sindicância que vai ser feita a um adminisíra-dor do porto de Lisboa, o Sr. Jacinto Simões,

Este senhor foi suspenso, e há muito tempo que aguarda, confiando na presteza da justiça, que essa sindicância seja feita e aplicadas as devidas sanções, se ele as merecer. •

O sindicante está apetrechado para dar início aos seus trabalhos, mas o que é facto é que a sindicância não começou ainda.

O sindicado não implora protecção de ninguém; quere apenas que se cumpra esía lei racional e justa: dar-se imediatamente início à sindicância a um funcionário que se encontra suspenso.

Desejo também que o Sr. Ministro do Comércio me diga, se o puder, fazer, em que estado se encontram essas famosas sindicâncias à Exposição do Rio de Janeiro e aos Transportes Marítimos do Estado.