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tiessão de ô e 9 de Junho de'1925

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sisto nelas, ó porque reconheço, Sr. Presidente, que não se fez o necessário inquérito que se impõe em todas as questões-de ordem pública que obrigasse os Governos, como os parlamentares; como até aquelas pessoas que têm a seu cargo a defesa dos dinheiros do Estado torna necessária, que de certo .-modo dissesse à Câmara que efectivamente era necessário-mais para1 mitigar a fome que espreita O' lar da família de João" Chagas e Fiel-Stockler que como um rasgo de homenagem a prestar à memória de João Chagas e Fiel Stockler, o quási desconhecido da intelectualidade da •Najão, porque era um grande republicano, mas um modestíssimo oficial da armada.

João Chagas foi tudo quanto quis' dentro de Portugal.

Como - jornalista foi efectivamente dos mais brilhantes e não''é este o momento de íazer o seu panegírico porque ele foi feito e tam superiormen-te pelos representantes dos partidos que têm assento-no Senado que a minha pálida palavra mal ficaria ao lado das proferidas por esses meus dignos Pares.

E se eu então não me levantei para lhe prestar ,a minha homenagem como cidadão e republicano é porque entendo que se deviam separar as homenagens a prestar: de um lado dois nomes, um, precursor da República, „ revolucionário de 31 de Janeiro, outro, alma .revolucionária de 5 de . Qutubro; do outro lad

Esta-é que era a homenagem simples e pura dos espíritos republicanos.

As homenagens -aos precursores da República aparte com todo o .brilho e grandeza, porque só assim- nós perpetuaríamos a sua memória, pasmando da cidade para o campo e para a província o respeito por estes dois grandes mortos. " Mas não se fez assim. • E isto não é censura, é apenas um ligeiro reparo que eu faço e que agora tem mais cabimento do que se porventura fosse levantado nessa sessão comemorativa. '

Lembro-me, Sr. Presidente, porque fui dos habitues • das galerias das duas casas do Congresso, que toda a vez que se per-

petuava a memória dum grande morto, que' 'fora grande- cidadão ou alto funcionário, que, pelas suas virtudes cívicas, tivesse realmente registada a sua passagem pelas secretarias do Estaúo, uma folha de serviços digna . de comemoração nacional, essa comemoração era feita com tal elevação e" tal grandeza que nós, os assistentes, ficávamos sabendo bem a vida inteira que esses homenageados tiveram e íamos lá para fora transmiti-la aos nossos amigos.

• Mas, Sr. Presidente, a hothenagem prestada pelas Câmaras a esses dois grandes republicanos, um1 representante do 31 de Janeiro e outro1 do 5 de Outubro, foi pode dizer-se, uma -manifestação empoçada, sem a elevação nem a grandeza devidas 'a esses- homens.

Ainda se as investigações feitas pelo Governo nos indicassem que as famílias das pessoas a que me retiro estão num estado de pobreza que carecem do auxílio do Estado,' compreendia-se uma proposta desta natureza.

£ Pode o Sr. Ministro do Comércio, que naturalmente assistiu ao Conselho de Ministros em que o Sr. Ministro das Finanças levaria a sua proposta, dizer-nos se a laboração dessa" proposta foi .decalcada nas informações recebidas de pessoas de reconhecida idoneidade, dizendo que a família do malogrado -João Chagas tinha -ficado em condições financeiras precárias? • ' ' ';>

Ou não estaria o Sr. Ministro do Comércio presente a esse Conselho de Ministros,1 e por 'acaso • estaria o seu colega da Marinha,' e teria ouvido ou tomado •conhecimento das informações dadas ao Sr.. Presidente do'Ministério? •

O Sr. Ministrchda Marinha (Pereira da Silva): — O Sr. Presidente do Ministério declarou na Câmara dos Deputados que a 'viúva de João Chagas ficava em precárias circunstâncias, e se o disse ó porque tinha as necessárias informações parajus-tificar essa pensão.