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Sessão de 26 de Junho de 1925

Ora, eu já me tinha informado pelo delegado do Governo que esses boatos eram monos verdadeiros.

Tenho aqui documentos de informações provenientes da Direcção Geral de Saúde que provam a falsidade dôsses boatos.

O Sr. Carlos Costa: — óQual a data dessa informação ? " ... . •- '

O Orador : — Agosto de 1923. -Mas eu .vou iniciar as rainhas conside-ra'çòes.

Presto justiça às qualidades de inteligência o de trabalho e de sinceridade com que o Sr. Carlos Costa defende os interesses públicos. ' .

Disse S. Ex.a-que há Ministros abordar veis e não abordávgis,. e-que-a Companhia não se tinha aproximado do.£>r. Plínio Silva por que era Ministro pouco abordável.' • .

Ô Sr. Carlos Costa (interrompendo): — O que eu disse é que o Sr. Plínio Silva era um porto que não convinha demandar.

• O Orador: —No emtanto o Sr. Plínio Silva foi abordado por duas vezes.

S. Ex.a sabe que, devido à instabilidade ministerial, há ministros no tempo das chuvas, e' ministros, no tempo da es tiagem, e, naturalmente, os da época da estiagem são .mais Abordáveis do que os outros.

. Ora o Sr..-Plínio Silva íoi Ministro na época das chuvas, • enquanto que eu, o Sr.. .Queiroz Vaz Guedes e o sr. Pires Monteiro fomos .da estiagem.

É .por este facto que ôles foram mais procurados do. que .o Sr. Plínio Silva. Como S. . Ex.a sabe, eu não tenho interesses* ligados a companhias de qualquer espécie, nem gosto de monopólios,, tendo mais de uma vez manifestado essa minha opinião no. Senado. ...

Tenho até um projecto nesta Câmara que tem sido, .não...direi já torpedeado, mas um pouco dificultado pelos meus amigos Sr,s,, Herculano. -Galhardo e Silva Barreto, e^que é o projecto jque se refere à comparticipação .nos lucros do companhias, p.or parte,do operariado.

Não gasto, pois, de.-.companhias, nem gosto de monopólios, o que não quere

dizer que neste lugar de. Ministro do Comércio, desde que as companhias reclamem dentro- da., lei. e dentro do que é justo, eu não tenha de fazer a justiça que elas pedem. .Quero agora levantar, e tenho o dever- de o fazer, as acusações graves que o Sr. Carlos Costa fez ao Sr. Queiroz Vaz Guedes.

S. Ex.a foi injusto para com este antigo Ministro do Comércio. , O decreto pode não ser- perfeito, podia acautelar melhor os interesses • do público e do Estado, mas o Sr. Queiroz Vaz Guedes fêl-o na melhor .das inten-"e dentro da Constituição.

O decreto é .absolutamente constitucio-nal; o é fácil prova-lo.»

K realmente em torno da constituciona-lidade-desse decreto que se1 baseia, podemos dize-lo, toda a argumentação do Sr. Carlos Costa.

^

O Sr.- Carlos Costa (interrompendo): — Peço desculpa, a V. Ex.a, mas é também, em torno do'decreto.

O Orador : — Devemos ver as causas que determinaram a publicação desse decreto, e se o Ministro de então, o Sr. Queiroz Vaz Guedes, teve ou não motivo para o publicar, e se a cidade de Lisboa não lhe deve até um serviço.

O Sr. Carlos Costa (interrompendo}: — Devia até ser condecorado com a ordem do Banho ... .

O Orador: — Creio que V. Ex.a não tem o direito de.ter-essa opinião.

-O Sr. Carlos Costa: —E a minha opi-. nião. Por emquanto. não tenho motivos para a modificar.

O Orador: — O Sr. Queiroz Vaz Gne-dos fundamentou-se naturalmente no seguinte: na falta de -água comprovada por ele.. „ \

. Q Sr. Carlos. .Costa : — Uma pequena observação: ele era do tempo das chu, vás.'- . .

- Risos. . . .