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3 DE DEZEMBRO DE 1968 1867

trópole, uma posição relevante, para alam da que resulta do seu significado económico, do ponto de vista quer da satisfação da procura ínterim, quer da colocação de parte da produção nacional.
Seguindo o quadro n.º 35 anexo, julga-se de notar, desde logo, o crescimento dos valores de importações e exportações tanto entre 1966 e 1967 como entre os 1.ºs semestres de 1967 e 1968. Todavia, o déficit global reduziu-se, posto que menos sensivelmente entre os citados semestres de 1967 e 1968.
Note-se também que os principais fornecedores da economia metropolitana eram ainda os países da C. E. E. seguidos do grupo de países da A. E. C. L. e dos Estados Unidos e Canadá, aproximando-se destes (quando não os ultrapassando, como sucedeu em 1967) a província de Angola, e nos maiores compradores o primeiro lugar pertencia aos países da A. E. C. L., vindo depois os da C. E. E. e a província de Angola (que, no entanto, fora em 1986 ultrapassada pelos Estados Unidos e Canadá). Mas, analisando a decomposição do comércio especial da metrópole por principais países e territórios (V. quadro n.º 36 anexo), concluía-se que em 1967 e no 1.º semestre de 1968 os primeiros lugares nas importações pertenciam, por ordem de grandeza, à Alemanha Ocidental, ao Reino Unido, a Angola e aos Estados Unidos, e nas exportações, ao Reino Unido, a Angola, aos Estados Unidos e a Moçambique.
De salientar, por último, no contexto do comportamento global do comércio metropolitano, não só a tendência de crescimento, depois de 1966, da taxa de cobertura das importações pelas exportações (V. quadro n.º 37 anexo), mas também a de melhoria das razões de troca (V. quadro n.º 38 anexo).
Passando à consideração do comércio externo por classes de produtos, afigura-se de anotar o seguinte (cf. quadro n.º 39).

a) Quanto às importações

O pequeno aumento registado em 1967 adveio, praticamente, da quase compensação entre os acréscimos de compras de «Animais vivos e produtos do reino animal» (carnes e bacalhau), de «Produtos minerais» (especialmente petróleo em bruto, gasolinas e óleos combustíveis) e de «Produtos das indústrias químicas e outras conexas» (medicamentos e matérias corantes) e as diminuições nas importações de «Matérias têxteis e respectivas obras» (principalmente algodão em rama), de «Maquinas e aparelhos, material eléctrico» (em particular, máquinas e aparelhos industriais não eléctricos), de «Produtos do remo vegetal» (trigos) e de «Metais comuns e respectivas obras» (em especial, ferro em bruto e semitrabalhado);
O aumento sensível entre os l.º semestres de 1967 e de 1968 resultou, por seu turno, na sua maior parte, do excesso dos aumentos de importações de «Matérias têxteis e respectivas obras» (algodão em rama) e de «Produtos minerais» (ainda petróleos em bruto, gasolinas e óleos combustíveis) sobre as quebras nas compras de «Produtos do remo vegetal» (em particular, sementes e frutos oleaginosos) e de «Animais vivos e produtos do reino animal» (carnes),

b) Quanto à exportação

Para o volumoso acréscimo verificado em 1967, tal como para o registado entre os 1.ºs semestres de 1967 e 1968, concorreram essencialmente as classes de «Matérias têxteis e respectivas obras» (tecidos de fibras sintéticas ou artificiais, tecidos de algodão e vestuário) e de «Produtos das indústrias alimentares» (conservas de tomate e vinhos comuns).

Vêem-se assim reflectidas na evolução do comércio externo as circunstâncias antes observadas acerca da origem e utilização dos recursos, com relevo para a tendência de quebra nas aquisições de equipamentos vários e de certas matérias-primas.

d) A balança de pagamentos da zona do escudo e a liquidez internacional

27. Atendendo à importância particular de que se reveste a balança de pagamentos internacionais da zona do escudo, mesmo do estrito ponto de vista da economia metropolitana, dado, além do mais, o facto de a maior parto dos seus resultados finais se reflectirem, directamente ou por forma indirecta, no sistema bancário da metrópole, importa analisar, ainda que em termos gerais, o comportamento recente dessa balança.
Do quadro n.º 40 anexo conclui-se que o excedente global cresceu acentuadamente ao longo do triénio de 1965-1967, atingindo no ano findo o mais alto nível desde 1950 (cf. quadro n.º 41). E para o acréscimo de 2155 milhões de escudos entre 1966 e 1967 foi determinante a balança de pagamentos da metrópole com o estrangeiro, atrás analisado, porquanto, no caso do conjunto das províncias ultramarinas, o déficit comercial apenas se reduziu de 147 milhões de escudos, o excedente por invisíveis correntes somente aumentou 18 milhões e a balança de operações de capitais acusou uma variação negativa no montante do 116 milhões de escudos, ou seja, uma reduzida melhoria global de 49 milhões (cf. quadro n.º 42).
Conjugando os excedentes dos operações correntes e de capitais com as operações monetário-financeiros do sector bancário nacional e de participação no capital do Fundo Monetário Internacional (ou seja, tomando os valores segundo o critério das reservas de liquidez), verifica-se um aumento de superavit de 4662 milhões de escudos em 1966 para 6012 milhões em 1967. E deste acréscimo de 1350 milhões de escudos, corresponderam 744 milhões às instituições centrais (Banco de Portugal, Tesouro e fundos cambiais ultramarinos) e 606 milhões à banca comercial da metrópole e do ultramar.
Quanto à evolução entre os 1.ºs semestres de 1967 e 1968, nota-se uma contracção sensível do soldo final, devida exclusivamente à balança de pagamentos internacionais da metrópole. De facto, entre esses períodos (cf. quadro n.º 42 anexo) as transacções do ultramar com o estrangeiro averbaram uma variação positiva no valor de 421 milhões de escudos, em consequência de a melhoria do saldo da balança de mercadorias (51 milhões) e dos invisíveis correntes (520 milhões) ter ultrapassado o acréscimo de déficit (150 milhões) das operações de capital.
Repare-se ainda que, se forem tomados em conta os saldos das operações monetário-financeiras do sector bancário, a quebra de excedente entre os ditos 1.ºs semestres de 1967 e 1968 revela-se ligeiramente mais acentuada. Contudo, como a banca comercial reduziu as suas disponibilidades cambiais durante o 1.º semestre de 1968 (no montante de 624 milhões de escudos), quando um ano antes haviam crescido 22 milhões, as disponibilidades dos instituições centrais aumentaram de 836 milhões no 1.º semestre de 1988 (correspondendo a maior parte deste aumento aos fundos cambiais ultramarinos), contra 422 milhões no 1.º semestre de 1967.