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288-(106) DIÁRIO DAS SESSÕES - N.º 132

ropeus, sobretudo britânicos. Por outro lado, os fretes para a América são bastante mais elevados.
Estes inconvenientes e outros de natureza política influenciaram muito o abastecimento interno durante o período da guerra e levaram à intensificação da exploração dos jazigos nacionais, que desempenharam um papel importante neste período.
Embora de qualidade inferior, por excesso de cinzas, sobretudo as antracites do Norte, eles podem exercer no futuro maior influência ainda, sobretudo se for convenientemente estudada a coordenação dos jazigos de lignites e de antracites.

15. A origem dos óleos minerais durante o período de guerra não se alterou tão sensìvelmente. Os fornecedores principais nos dois anos foram. Curaçau, que dobrou a sua exportação para Portugal, e os Estadas Unidos, e em 1946 as ramas para destilação vieram de Venezuela, Colômbia, Curaçau e México. Os dois primeiros países e o último só forneceram ramas.
No conjunto a origem dos óleos minerais em 1938 e 1946 foi a que segue:

QUADRO XI

Origem dos combustíveis líquidos (a)

(Óleos minerais)

[Ver Quadro na Imagem]

(a) Inclui lubrificantes.

Dos 422:924 contos importados em 1946 apenas 134:514 dizem respeito a ramas. O restante refere-se à compra de gasolina e outros produtos. Já se explicou atrás a causa do grande aumento no consumo de óleos minerais.
A verba relativa a gasolina, não contando com a que foi destilada, ultrapassou a de 1938 em mais de 70:000 contos, embora em peso fosse inferior em cerca de 12:000 toneladas.

O problema da energia

16. O problema da energia é, por virtude de todas as razões que acabam de ser apontadas, um dos mais importantes da vida nacional. Tem pairado diàfanamente no espírito do público há mais de trinta anos como áurea possibilidade económica.
Escreveram-se longos relatórios de especialistas de categoria internacional sobre o assunto e estão agora em vias de realização alguns aproveitamentos hidráulicos de certa importância.
Deve contudo dizer-se que o problema é de conjunto, abarca complexas e variadas formas da vida económica portuguesa 1. Está ìntimamente relacionado com a balança comercial, como se viu atrás.
Exige de começo um inventário dos nossos recursos hidráulicos, que já poderia e deveria estar feito l, e uma planificação racional no aproveitamento desses recursos, tendo em conta, não exclusivamente a energia, mas, como repetidas vezes tem sido explicado, as diversas utilizações dos rios susceptíveis de rendimento económico, como a navegação, a rega e outras 2.
Evitar-se-iam assim periódicas estimativas das disponibilidades energéticas do País, feitas por entidades responsáveis, que vão desde 4 biliões de unidades até 9 biliões.
Todo o problema económico português está profundamente ligado ao dos rios nacionais por diversas razões. Enquanto não for do domínio prático a aplicação industrial da energia atómica, a electricidade dos rios nacionais é a única tábua de salvação da vida económica portuguesa.
Daí a insistência com que o autor vem pugnando há cerca de vinte anos pelo seu aproveitamento e a necessidade urgente e inadiável de submeter os rios portugueses e suas bacias hidrográficas a um estudo cuidadoso e competente, feito por técnicos e economistas, que claramente ponha em evidência o valor económico de cada uma delas.

As fibras

17. Em valor, a importação das duas principais fibras - a lã e o algodão - atingiu 650:280 contos em 1946, contra 177:391 em 1938. A diferença em tonelagem é também muito grande. O aumento deu-se tanto na lã como no algodão e pode ler-se nos números seguintes, que também incluem outras fibras de menor importância:

QUADRO XII

Importações de fibras

[Ver Quadro na Imagem]

1 Diário das Sessões n.º 109, de 12 de Dezembro de 1941.
1 Diário das Sessões n.º 92, de 11 de Novembro de 1944.