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288-(110) DIÁRIO DAS SESSÕES - N.º 132

animal que influem também apreciàvelmente nas importações. São as seguintes:

QUADRO XVII

Diversas matérias-primas de origem animal

[Ver Quadro na Imagem]

As peles representam uma soma bastante elevada.
As destinadas a calçado ou correame, estão nas que se importaram em bruto. Para adorno incluem-se, não apenas as que têm essa designação, mas outras compreendidas na rubrica das não especificadas e em cabelo. Foram ao todo perto de 80:000 contos, que vieram em grande parte das províncias ultramarinas.
A maioria do que se pode designar por artigos de luxo é originária dos Estados Unidos, da Suécia, da Inglaterra e do Canadá.
Tirando as peles, as outras matérias-primas de origem animal não têm grande valor, mas algumas delas poderiam ser substituídas por despojos de animais abatidos para consumo interno. Neste aspecto há ainda lugar para consideráveis progressos na técnica dos matadouros.

De origem vegetal

23. Do algodão já se falou com certa largueza.
As restantes matérias-primas de origem vegetal ainda somaram em 1946 mais de 492:000 contos e haviam sido em 1938 cerca de 46:000 toneladas, num total de 174:000 contos.
Nas fibras há mercadorias, importantes, como o cairo, que é extensivamente usado na indústria de seiras para lagares e vem da Índia e algum também de Moçambique; a juta, que é a base da manufactura de sacos, é originária em sua quase totalidade da Índia Britânica, e o sisal e outras agaves, têm certa influência nas exportações de Angola e Moçambique, onde é susceptível de bem maior desenvolvimento.
Fizeram-se tentativas durante a guerra para a produção do cânhamo e alargamento da do linho e parece ser possível, com melhores culturas, aumentar essas produções dentro do País.
Além das acabadas de mencionar, constituem importações de influência na balança comercial as seguintes matérias-primas de origem vegetal, que somavam, em conjunto, mais de 400:000 contos em 1946.

QUADRO XVIII

Diversas matérias-primas de origem vegetal

[Ver Quadro na Imagem]

(a) Discriminadas no quadro XII, p. 16.

A borracha e similares vieram em 1946, em grande parte, dos domínios ultramarinos (17:237 contos) e o restante dos Estados Unidos, Malásia Britânica, Inglaterra e outros países. A Guiné foi o principal fornecedor, com 10:000 contos. A aduela em bruto, com contrapartida na exportação de vasilhame para vinhos, foi importada de Itália e, em muito menor quantidade, dos Estados Unidos.
A cevada germinada e malte para o fabrico de cerveja proveio, quase que em partes iguais, dos Estados Unidos e da Dinamarca.
A indústria da cerveja depende, como se sabe, da cevada germinada, malte e lúpulo, que totalizaram cerca de 20:000 contos.

Madeira

24. Não é muito grande o valor das madeiras nas importações - uns 30:168 contos, ou 17:658 toneladas, em 1946, comparadas com 34:150 toneladas em 1938. São madeiras exóticas, que provêm em parte da Guiné, Angola e Moçambique, mas sobretudo de Angola e do Brasil. Os Estados Unidos fornecem o carvalho americano para tanoaria.
A madeira em bruto predomina na importação e a casquinha, que vem da Suécia, segue-se em valor às madeiras exóticas. Parece ser possível alargar muito as indústrias derivadas da madeira, como a de contraplacados e outras, porque tanto Angola como Moçambique e também a Guiné possuem matéria-prima de excelente qualidade. A organização dos transportes e da exploração no local, com o conveniente ordenamento das matas, é condição preliminar para o desenvolvimento de uma forma de actividade já com rendosos frutos.

Sementes e frutos oleaginosos

25. As grandes importações de oleaginosas para consumo no País são de amendoim, coconote, copra, rícino, purgueira, mafurra e outras de menor importância.