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288-(114) DIÁRIO DAS SESSÕES - N.º 132

As principais mercadorias que se inscrevem neste capítulo são:

QUADRO XXIII

Importação de diversas matérias-primas

[Ver Quadro na Imagem]

Dentre as mercadorias mencionadas ocupam lugar de relevo as tintas, que consistem especialmente em anilinas. Não há-de ser fácil fabricar certos produtos desta categoria dentro do País, mas parece ser possível alargar a produção interna em outros. A influência da guerra pode ver-se pelos valores unitários: sendo metade o peso das mercadorias, é contudo o dobro o seu valor total.

II

Produtos têxteis

31. O vestuário e os artigos correlacionados com o emprego de fibras consumidos no País são hoje fabricados em grande parte pela indústria nacional.
No começo deste século, em 1900, a parte que lhes competia na importação era superior a 10 por cento. É em percentagens superiores se mantiveram as importações até cerca do fim da sua terceira década. Mas as coisas melhoraram muito a partir de 1930 e a percentagem foi sucessivamente baixando, até atingir já menos de 5 por cento.
Para ter ideia do progresso realizado neste aspecto, publicam-se a seguir números de interesse no quadro XXIV:

QUADRO XXIV

Importação de fios, tecidos, etc.

(Contos-ouro)

[Ver Quadro na Imagem]

As indústrias têxteis, como assinalam os números, parece terem feito progressos importantes em matéria de abastecimento do País. Isto não quer significar que hajam porventura progredido técnica ou econòmicamente, porque bem pode acontecer que a protecção pautal seja de molde a impedir toda a espécie de concorrência. Mas isso na verdade também aconteceu, sobretudo nos últimos tempos.
Da importação total no começo do século XX competiam perto de 10 por cento aos fios, tecidos, feltros e outros artigos têxteis, e ainda em 1925 era de 11,5 por cento essa percentagem. Mas no começo da guerra a indústria abastecia quase totalmente o País e já exportava em grande escala para os domínios de além-mar. Apenas se importaram em 1938 menos de 5 por cento do total, bastante menos em valor absoluto do que em 1900. E em 1946 a percentagem não atingiu 4 por cento.
Considere-se que neste longo espaço de tempo a população teve o acréscimo de mais de 2.500:000 pessoas, que o seu nível de vida melhorou consideràvelmente e que as exportações para as províncias ultramarinas aumentaram muito, como se verificará adiante no respectiva capítulo. Isto significa, na verdade, não só o alargamento da capacidade produtora, como também progresso apreciável na qualidade dos produtos.
É impossível, infelizmente, dar ideia da evolução do quantitativo da produção nacional de produtos têxteis. Não é fácil obter números aproximados nem determinar sequer a qualidade dos artigos e da maquinaria instalada.
Só bastante recentemente se obtêm números para a produção e para o tipo de maquinaria utilizada e já hoje, com relativa aproximação, se pode fazer ideia das instalações, principalmente para as duas indústrias mais importantes, que continuam a ser a cios algodões e a dos lanifícios.
Neste aspecto são precisos certos comentários.
Ainda há máquinas do tipo manual, sobretudo teares, que precisam de ser substituídas, e certas operações em algumas fábricas praticam-se em condições rudimentares.