O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

26 DE ABRIL DE 1957 801

chamar colaborações, estimular descrenças e, sobretudo, despertar indiferenças ou revigorar cansaços. Era preciso, mais uma vez, realizar na fé.
Esse alguém chegou, finalmente, e em tão boa hora que no coro da gratidão geral de que o Sr. Ministro das Obras Públicas já se tornou credor perante o Pais ...

Vozes: - Muito bem!

O Orador:-... impossível será deixar de ouvir-se o timbre particular daquela quota-parte que a cidade da Covilhã, com os interesses turísticos da serra da Estrela, lhe dedica e recolhidamente guarda, como herança moral, que se transmitirá sucessivamente de geração em geração.
E era este significado, Sr. Presidente, este testemunho público de reconhecimento a S. Ex.ª o Sr. Ministro Eng. Arantes e Oliveira que eu, por mim e em representação, que nesta Câmara me cabe, do interesse político da região, desejava aqui assinalar, através daqueles termos simples, mas cheios da mais pura sinceridade, com que a gente da Beira costuma agradecer as atenções que lhe prestam.
Com esta gente, portanto, dirijo respeitosamente as minhas homenagens ao Sr. Ministro das Obras Públicas, dizendo-lhe: bem haja, Sr. Ministro; bem haja por tudo; bem haja pelo que da sua saúde e das suas legítimas comodidades vem dando aos assinalados progressos do País.
Tenho dito.

Vozes: - Muito bem, muito bem!
O orador foi muito cumprimentado.

O Sr. Urgel Horta: - Sr. Presidente: está prestes a bater seu termo a legislatura em que tive a subida honra de participar, e não posso nem quero, neste instante, deixar de proferir algumas palavras que sejam expressão de sentimentos e de anseios experimentados e vividos no ambiente magnifico da Assembleia Nacional.
Não me compete dar balanço à obra aqui realizada, mas, se me competisse fazê-lo, afirmaria bem alto que foi notavelmente fecunda a tarefa realizada pela Assembleia Nacional, em perfeita e sincronizada colaboração com a actividade constante e produtiva do Governo, que tão devotadamente vem trabalhando pelo engrandecimento da terra portuguesa.
Neste hemiciclo se trataram, com a mais ampla liberdade, as mais variadas questões de interesse para o País, sem limitações de qualquer espécie e sempre dentro de um espirito de franca compreensão e sincera colaboração, obedecendo a um ideal ordenadamente construtivo, sem especulação ou manifestação de exageros, de que o passado foi fértil, colocando o interesse da comunidade acima de pequenos interesses de partido ou seita.
Este facto pôs em evidência perante o Pais a medida do seu alto valor, do valor da Assembleia Nacional, a que V. Ex.ª preside com a mais alta dignidade, dando à Nação, pelo conjunto de qualidades e virtudes que o distinguem e que todos lhe reconhecemos, na sua longa e constante actividade, um magnifico exemplo de devoção patriótica, que lhe concede o privilégio magnífico de ser respeitado e considerado como uma das mais admiradas personalidades do regime.
Permita, Sr. Presidente, que neste instante lhe reitere os sentimentos de alta estima e consideração que a V. Ex.ª são inteiramente merecidos.
Sr. Presidente: se a obra realizada, inegavelmente grande, merece ser louvada, o espaço de tempo de que dispomos para a efectivar pode bem considerar-se limitado. E pena é que não haja possibilidade de serem discutidos dois problemas do maior interesse e projecção verdadeiramente nacional, a que o Sr. Ministro do Interior e o Sr. Ministro das Corporações, no desejo premente e sincero de fazerem sempre mais e melhor em favor do engrandecimento da grei, deram a fornia aconselhada, imposta por necessidades humanas.
Comporta o primeiro problema o projecto do estabelecimento do Banco de Sangue, problema médico-assistencial a que estão ligadas a salvação e a conservação da vida de tantos seres humanos, onde o Ministro demonstrou, mais uma vez, a preocupação constante que o domina de completar essa notável obra que. no domínio da assistência, tem levado a todos os cantos de Portugal a sua, acção generosa e humanitária na luta pela vida contra a morte.
Trata o segundo, elaborado pelo Sr. Ministro das Corporações e precedido de um relatório que é uma maravilha de expressiva dureza, do problema habitacional, abrindo novas directrizes à sua execução, outorgando possibilidades para, n través das instituições de previdência e das Casas do Povo, dar conveniente solução a problema de Ião grande importância paru a vida e para a saúde. E pena é, repito, que o espaço de tempo de que dispomos nos force a não nos ocuparmos de problemas de tanto alcance e de tanta grandeza, como são aqueles a que acabo de referir-me.
Terminadas estas ligeiras considerações, que julgo de evidente oportunidade, permita-mo, Sr. Presidente, que repita agora algumas verdades, pois nunca será demasiada a sua repetição, a fim de serem bem ouvidas e compreendidas pelos demolidores das melhores intenções, cujas críticas assentam sempre sobre bases instáveis, e ainda pelos cépticos, que se comprazem u duvidar de tudo e de todos, especulando mesmo com as realidades mais palpáveis.
Consideraria acto digno de censura o deixar de afirmar que nunca o Porto, em qualquer época, sentiu tão junto de si o apoio da administração governativa, procurando solucionar com generoso empenho os seus problemas mais instantes, valorizando n cidade nos seus diversos sectores, dando-lhe o melhor contributo para o engrandecimento requerido pelos seus habitantes.
Na verdade, os grandes anseios do velho burgo tripeiro, numa aspiração de progresso compatível com o valor das suas actividades, atingiram grau de fecundo labor, que marcará, nos anais do seu longo historial, data sem precedentes, traduzida em realizações da mais alta importância para a sua vida económica e social.
A vultosa obra a cuja efectivação se está procedendo, produto dum esforço vigoroso e constante, na qual são investidos quantitativos que atingem o milhão de contos, é facto eloquentemente demonstrativo do interesse que o Governo vem dispensando a tudo quanto representa valorização nacional, que só uma administração inspirada na maior confiança poderia conceber e realizar.
Cumpre-me, como Deputado da Nação, proclamar o valor dessa magnífica tarefa, que, vencendo todos os, obstáculos, removendo todas as dificuldades, bem merece o reconhecimento sincero e agradecido de quantos sabem prestar justiça aqueles que sacrificadamente trabalham pelo bem da velha cidade. E seja-me permitido, Sr. Presidente, lembrar algumas dessas realizações, produto de uma política construtiva que inteiramente apoiamos e defendemos.
Prosseguem em ritmo normal as obras da construção da ponte da Arrábida, o empreendimento mais notável, de maior grandeza e maior projecção no Norte do País, assim como prosseguem os trabalhos das estradas que lhe são adstritas, em plena conjugação com