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5 DE MARÇO DE 1965 4474-(163)

Além disto, o decréscimo da população dos campos deveria conduzir à redução do número o de famílias, não ao empobrecimento humano destas, mediante a saída dos elementos válidos e a permanência dos menos capazes, que ficam apenas para manter as estruturas tradicionais e obter, mercê da sua menor capacidade, níveis de produtividade ainda mais baixos do que os anteriores.

Natalidade e mortalidade

325. O seguinte quadro resume as principais componentes para a determinação dos saldos líquidos. Abstraindo-se da individualização dos saldos com o ultramar, que, como se viu, são incompletos, a fim de não prejudicar os apuramentos globais.

[Ver tabela na imagem]

A evolução do saldo fisiológico no último ano foi motivada por actuações convergentes da natalidade e de mortalidade; redução da primeira e aumento da Segunda.
Em 1963 houve menos 8000 nascimentos e mais 1000 óbitos do que no ano precedente. O número de nascimentos regressou, assim, ao nível de 1958, mas quanto à taxa de natalidade só se encontra outra mais baixa em 1954 (com 23,05).

326. Quanto à mortalidade, classificada segundo as causas de morte, observa-se, na sequência da evolução anterior, o decréscimo da mortalidade por tuberculose e o aumento do cancro e outros tumores malignos. Nas doenças cardíacas a evolução é mais confusa, não permitido falar seguramente de uma tendência explícita.

[Ver tabela na imagem]

Esta alteração progressiva das causas de morte não poderá deixar de influenciar, dentro de certo tempo, o esquema assistencial, que terá de responder a exigência diferentes de tratamento, consoante as doenças que manifestarem com maior frequência.

327. Outros aspectos de não menor relevância são que respeitam à mortalidade infantil, observada nos seus diversos indicadores parcelares.

[Ver tabela na imagem]

(a) De 28 e mais semanas (são incluídos nas restantes colunas)

Pela primeira vez, desde há vários anos, se observa uma descida da taxa de mortalidade infantil, que, a manter-se de futuro, corresponderia a uma efectiva redução, e não apenas às oscilações sem significado verificadas recentemente em torno de uma aparente estagnação. Um motivo de optimismo poderá encontrar-se no facto de a redução da taxa geral ser acompanhada de reduções nas taxas per-natal e neo-natal. Será isto uma confirmação estatística da baixa? Oxalá que sim, pois bem precisados; estamos de melhorar um índice em que ocupamos no confronto europeu um dos últimos lugares.

Alguns aspectos do último censo

328. Depois de elaborado o parecer sobre as Contas Gerais do Estado de 1962 foram publicados os seguintes volumes do X Recenseamento Geral da População, que só agora, portanto, podem ser referidos

Tomo II. - Famílias, convivências e população residente e presente, por freguesias, concelhos, distritos e centros urbanos.
Tomo III - Vol l.º - Idade.
Tomo IV - Estrangeiros, órfãos, cegos e surdos-mudos.
Tomo VI - Condições de habitação dos agregados domésticos.

Dos dois primeiros pouco há a referir, pois alguns dos aspectos de maior relevo foram já abordados em anos anteriores, com base em elementos fornecidos directamente pelo Instituto Nacional de Estatística ou publicados no Anuário Demográfico. Apenas se fará agora ligeira referência à dimensão das famílias, segundo os números revelados pelo censo.

329. É bastante esclarecedora a comparação indicada no quadro seguinte quanto à dimensão média das famílias em 1950 e em 1960.

[Ver tabela na imagem]