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23 DE MARÇO DE 1967 1623

O Orador:- Além disso, os horários dessas carreiras foram estabelecidos com o fim de servir as povoações a que se destinam, e não a vila, deixando ainda sem transportes grandes intervalos de tempo durante o dia.
Valongo dista uns escassos 7 km do Porto mas apenas
3 km de Venda Nova no conselho de Gondomar, que já é servida pelos autocarros do Serviço de Transportes Colectivos do Porto, que neste momento estão a alargar a sua zona de acção até ao Seixo, no mesmo concelho. Nessa altura haverá que vencer apenas uma pequena distância de 3 km até se entrar na vila de Valongo. E uma vez vencida essa distância, todos os valonguenses rejubilarão, porque são muitas as centenas de pessoas que diàriamente se deslocam ao Porto estudantes dos cursos secundários e superiores operários empregados comerciais e de escritório, funcionários que ali tem as suas ocupações comerciantes e particulares cujos negócios ou interesses lá os chamam também.
Compreende-se assim, fàcilmente, quantos embaraços transtornos e prejuízos a falta de transportes certos e frequentes origina e a verdadeira angústia da população por ver agrava-se dia a dia uma situação já muito dificultosa.

Vozes:- Muito bem!

O Orador:- Todos os outros concelhos federados viram já estender-se às respectivas sedes o Serviço de Transportes Colectivas do Porto. Só Valongo não logrou ainda como já disse, receber este benefício de que tem vital e urgente necessidade. Assim o compreenderam o Sr. Presidente da Câmara do Porto e o director-delegado do serviço de Transportes Colectivos do Porto, que ao assunto têm dedicado a melhor vontade, dando satisfação ao que lhes fora solicitado pela Câmara Municipal de Valongo requerendo ao Sr. Ministro das Comunicações, em 23 de Maio de 1965 (quase há dois anos), a concessão de uma carreira regular de passageiros entre a Avenida dos Aliados, no Porto e Valongo.
São, por isso, aquelas entidades absolutamente credoras da gratidão do povo valonguense na medida em que deram mediato seguimento ao pedido formulado pela sua Câmara e nele puseram toda a boa vontade em o ajudar a resolver.
Sr. Presidente o povo valonguense tem correspondido sempre a todas as solicitações das autoridades locais, nos momentos fáceis como nos difíceis e é por isso merecedor de que se lhe satisfaça esta sua grande aspiração .

Vozes:- Muito bem!

O Orador:- É esse mesmo povo, embora com uma natural e compreensível ansiedade aguarda confiadamente o despacho do Sr. Ministro das Comunicações, a quem os transportes já tanto devem e de quem depende, em última analisa a satisfação desta tão premente necessidade.

Vozes:- Muito bem, muito bem!
O orador foi muito cumprimentado.

O Sr. Alves Moreira:- Sr. Presidente, Srs. Deputados. A palavra que hoje me foi concedida vai permitir que trate de um problema de primordial importância e de particular actualmente que diz respeito a uma situação há muito a pedir medidas de emergência a que naturalmente, se venham a seguir outras de molde a impedir que em Aveiro se extinga a actividade salmeira, desde remotos radicada na sua expressiva área lagunar, e que significa para além do seu inerente valor económico-social, uma invulgar presença no panorama turístico local pois a paisagem enriquecida com as bem típica pirâmides de sal brilhantes ao sol, o mesmo sol que torna possível a extracção as águas da ria dos cristais cintilantes que as constituíram dão a região em causa motivo de atracção, que a torna cartaz invulgar numa zona já por si bem [...].
Pretendo tratar e por em foco os problemas inerentes à produção do sal e sua comercialização cuja acuidade se reveste de certa delicadeza inicia da situação criada, que já há longos anos sendo debatida, sem que os responsáveis pelo sector em apreço tinham encontrado a melhor solução e muito menos tinham tomado as províncias necessárias que o momento impõe, apesar dos apelos que constantemente lhes tem sido dirigidos.
Realmente o problema não é novo antes remonta a largos anos atrás e a tal respeito posso evocar o interesse com que foi chamada a alterarem dos sucessíveis responsáveis do Governo que super[...] na actividade relacionada com o salgado do País e muito particularmente com o de Aveiro, pelos ilustres Deputados que foram desta Assembleia, Dr. António Cristo, na sessão de 8 de Abril de 1943, e Dr. Madeira Pinto, nas sessões de Fevereiro e 13 de Marco de 1947, e, mais recentemente pelo nosso ilustre , o venciando colega, Dr. Paulo Cancela de Abreu a quem rendo as mais expressivas homenagens nas sessões de 13 de Dezembro de 1960, 26 de Abril de 1961, a que se veio a acrescentar a oportuna e valiosa intervenção de há dias do Eng.º Coelho Jordão, muito ilustre representante, nesta Câmara da Figueira da Foz região a que também muito interessa o problema em análise.
As judiciosas considerações feitas então somente acrescentar algumas observações alusivas à delicada situação criada e que traz em tenso alvejoso a população [...] da região aveirense, com as suas 270 marinhas em que trabalha uma população activa de 1000 a 1300 homens pois o agravamento das condições de exploração sem a devida compensação poderá conduzir a extinção pura e simples de um sector de actividade que representa alguma coisa na economia da região afectada, a exemplo do que sucederá igualmente com outras regiões englobando as [...] da Figueira da Foz, Tejo, Sado e Algarve, com o natural reflexo na economia geral do País.
O problema fundamental para além de contos a que aludirei também, baseia-se essencialmente no não reajustamento do preço do custo de sal, a produção de harmonia com as circunstâncias as actuais que a envolvem, e que são do conhecimento geral, apesar de todas as diligências feitas pelo organismo que a nível regional superintende neste sector o Grémio da Lavoura de Aveiro e Ílhavo a que se tem associado outros representantes dos salgados nacionais no sentido de uma revisão e actualização do problema.
Recuando no tempo a 8 de Novembro de 1960, por despacho de S. Exa. Ministro da e Subsecretário de Estado do Comércio, foi fixado o preço de 240$ por tonelada de sal à produção (quando anteriormente era de 200$) e só mais tarde a 14 de Agosto de 1962 ainda por despacho de S. Exa. o Secretário de Estado do Comércio e após insistentes e sucessivos pedidos, foi feito novo reajustamento que o elevou para 283$ ainda tomando como base a tonelada, preço este então já muito aquém do que o momento justificava, pôs no relatório dos técnicos da Comissão Reguladora dos Produtos Químicos e Farmacêuticos (dois deles licenciados em Económicas e Financeiras e o [...]