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5 DE FEVEREIRO DE 1969 3090-(93)

As circunstâncias financeiras têm reduzido as dotações. Já o ano passado se notara o facto, que este ano se acentua nalguns casos.

Os sectores ainda hoje mais necessitados são os do abastecimento de águas dos pequenos povoados e esgotos em muitas vilas. Uns e outros têm sofrido quebras que conviria evitar.

As verbas gastas depois da guerra

134. Um apanhado dos investimentos, depois da guerra, mostra a inversão de alguns milhões de contos cm edifícios, arruamentos, caminhos e estradas municipais, águas, esgotos e outros melhoramentos. O Estado, neste aspecto, trabalha e financia em conjunção com os municípios. Deste modo, as verbas mencionadas adiante são uma parcela do total gasto.

A obra realizada em todos os sectores possivelmente não foi tão grande como poderia ser. Representa um esforço meritório quando se avalia a mentalidade que prevalecia nesta matéria e a psicologia própria de muitas populações rurais que houve necessidade de ajustar à ideia de melhoramentos.

Melhoramentos urbanos

135. O sector dos melhoramentos urbanos é um dos mais beneficiados. Não se pode aquilatar pelas actuais dotações a obra realizada, porquanto os salários e os custos de materiais variaram muito no longo período que decorreu desde o fim da guerra.

Os arruamentos urbanos sofreram uma grande modificação neste período de tempo, com o gasto de somas que, dentro em pouco, se avizinham em meio milhão de contos. Apesar da inflação nos últimos anos, as verbas na sua nudez exprimem o interesse que tem merecido o arranje dos aglomerados urbanos.

[Ver Tabela na Imagem]

Por ordem de grandeza, destacam-se os melhoramentos urbanos, as casas económicas, os edifícios de carácter religioso e os de assistência social e a instalação de serviços, todos com verbas superiores a 100 000 contos.

Abastecimento de águas e esgotos

136. O Estado, directa ou indirectamente, prosseguiu no esforço de abastecimento de águas e esgotos. Nos primeiros tempos, e dadas as necessidades e custo, deu-se preferência a nascentes, com chafarizes públicos. Ultimamente, com a água no domicílio, procurou-se abastecimentos que não envolvam os riscos das nascentes na estiagem. À primeira vista, a obra impõe avultados investimentos nas redes. Ela é, ou deve ser, rentável se a água for levada ao domicílio como convém. E a verba para este fim so-

A seguir indicam-se as verbas gastas:

Nos últimos vinte e três anos, investiram-se em águas e esgotos 1 251 661 contos. Cerca de 90 por cento respeitam a água ao domicílio e fontanários, com predominância do primeiro sector.

A seguir indicam-se as verbas gastas:

[Ver Tabela na Imagem]